Vereadores da oposição arrasam as contas da câmara
O movimento Sempre considera que a Câmara de Castelo Branco continua a primar pela falta de concretização e de estratégia. Em conferência de imprensa, os vereadores da oposição no executivo albicastrense apontam mesmo que “em 2023, a despesa relacionada com a concretização de investimentos, obras, (8,91 milhões de euros) é a mais baixa desde o ano 2000, ou seja temos o investimento mais baixo deste século”.
Luís Correia, Jorge Pio e Ana Ferreira dizem não estar admirados, “porque não vemos nada de substancial a acontecer em Castelo Branco”.
Mas, há mais. No documento que foi entregue à imprensa, lido na ocasião por Jorge Pio, revela-se que no exercício de 2023 “foi apurado um resultado líquido negativo de 6,44 milhões de euros”, o que significa que “neste segundo ano completo de mandato, o presidente Leopoldo Rodrigues volta a apresentar um resultado negativo”, o que “somado ao valor negativo do ano anterior ascende já a um valor negativo de 11,89 milhões de euros”.
Isto quando, como faz questão de lembrar a oposição, “após a apresentação das contas deficitárias de 2022, Leopoldo Rodrigues veio a público referir que «não temos receio relativamente aquilo que é a consolidação e segurança das contas da câmara e a forma como estamos a trabalhar»”, tendo nesse preciso momento “referido que « as contas serão equilibradas no próximo ano(2023)»”, o que não aconteceu, como frisa a oposição.
Mesmo no que diz respeito ao dinheiro depositado nos bancos, estes vereadores recordam que o presidente do município na assembleia municipal de 28 de abril de 2023 veio dizer que “no final de 2022, o dinheiro da autarquia depositado nos bancos é superior…” e, assim sendo, informam agora que “no final de 2023 havia menos três milhões e 138 mil euros depositados nos bancos”.
“Investimento mais baixo do século, resultado líquido negativo e menos dinheiro no banco, aqui está o impulso dado por Leopoldo Rodrigues”, sublinha o Sempre, concluindo que “Castelo Branco está parado, mas gasta-se mais dinheiro. O que se passa em Castelo Branco?”.
Luís Correia, Jorge Pio e Ana Ferreira explicam que “gasta-se muito dinheiro, mas apenas em despesas correntes” que “representam 75% do total da despesa”. “Só as despesas com pessoal e as aquisições de bens e serviços (funcionamento, eventos, etc) representam 60% do total da despesa”, insiste a oposição que vê neste capítulo um sinal de propaganda por parte de quem gere o município: “melhora-se a execução orçamental, mas com base em gastos de funcionamento e outras situações que não investimento. Assim é mais fácil… mas pior para Castelo Branco”.
O Sempre justifica desta forma publicamente o voto contra as contas da câmara que foram votadas numa reunião extraordinária privada do executivo que teve lugar na última sexta-feira.