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Leitores: História de grandes Homens e o OE2023

Luís Santos - Presidente do PSD Distrital de Castelo Branco Luis.santos@psdcastelobranco.pt - 29/12/2022 - 10:18

Morreu Diamantino André. No passado dia 27 de novembro, faleceu um dos grandes autarcas da história do PSD Distrital e do concelho de Proença-a-Nova.

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Luís Santos

Morreu Diamantino André. No passado dia 27 de novembro, faleceu um dos grandes autarcas da história do PSD Distrital e do concelho de Proença-a-Nova. Começo o texto por homenagear um dos construtores da lenda social-democrata de fazedores de território, nascidos no espectro laranja e que muito contribuíram para a grandeza do PSD e dos seus territórios. Homens especialistas a lutar contra as adversidades, habituados a contruir desde o zero, mas nada intimidados com essas dificuldades. Tive a honra de ter estado presente no último adeus a este grande homem e de ter ouvido da boca dos filhos, a enorme admiração pelo esforço hercúleo feito pelo pai para transformar o concelho que amava, num concelho melhor. A expressão ouvida mais vezes foi “todos os dias, o meu pai estava em missão”. Essa missão terminou no passado dia 27, para o companheiro Diamantino André, mas não para aqueles que cá ficaram e que irão continuar a honrar esse legado. Num autarca construtor, com obra realizada, desde a construção da barragem das Corgas, passando por quase todas as infraestruturas ao serviço dos cidadãos de Proença-a-Nova. O homem parte, a obra ficará para sempre. Da mesma forma, a 4 de dezembro de 1980 (ano em que nasci), faleceu um dos pais fundadores da democracia portuguesa e do Partido Social Democrata, Francisco Sá Carneiro. Custa-me entender, como passados 42 anos após a queda da avioneta onde seguia, em Camarate, ainda nada se saber sobre esse acidente. Quem sabe como estaria Portugal e os Portugueses, se Francisco Sá Carneiro continuasse a ser o chefe de governo progressista e reformador que era. Provavelmente, não estaríamos a ser ultrapassados pelo Roménia, mas sim a discutir o rótulo de pais competitivo com a Irlanda, como seria o nosso dever. Perdeu-se um grande homem e o pais perdeu uma das suas maiores oportunidades de desenvolvimento.
Porque o desenvolvimento sempre se fez com homens de carater, obstinados, com estratégia e planeamento. Não experts do ziguezague. Especialistas em alterar o sentido do que dizem, mentindo descaradamente aos Portugueses, no geral, e aos Beirões em particular. Recordo-me das palavras ouvidas pelo, na altura deputado do PS, eleito pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Nuno Fazenda, quando afirmou à Comunicação Social Regional que “O PS vai bater-se por uma redução de portagens”. Afirmação corroborada pelo Presidente do PS Covilhã, Hélio Fazendeiro afirmou, de forma audível que o órgão (concelhia do PS do mesmo concelho do Presidente da Federação Distrital do PS Castelo Branco) vai bater-se pela abolição das portagens na A 23 até que a Beira Interior atinja os mesmos índices de desenvolvimento de outras regiões do país. O grande problema é que esta luta na proposta de Orçamento de Estado para 2023 foi reprovada pelo PS. A grande luta contra os custos de contexto, conforme assumido pelos empresários do Distrito de Castelo Branco, levou com os ouvidos de mercador dos eleitos do PS, entre os quais o novel Secretário de Estado do Turismo. A sua última marca enquanto deputado eleito foi a reprovação das propostas do PSD para baixar o valor das portagens. Num orçamento de enorme carga fiscal, virado para castigar os Portugueses e os corajosos que insistem em viver e trabalhar neste pedaço de terra chamado Beira Baixa. Mas a obediência canina ao grande Líder, António Costa, valeu-lhe a nomeação a o Governo. Talvez inspirado pelo “Não faças o que dizes, mas sim o que te apetece”, teve o prémio da promoção. Estarei na primeiro linha dos atentos ao trabalho realizado e para saber se, a ida para Lisboa, corresponderá ao esquecimento daqueles que o elegeram.
Num território desertificado, não percebendo se, por inércia ou falta de atenção, onde a população continua a regredir, de forma assustadora, deixo-vos um dado assustador, a merecer reflexão. A atual CIM da Beira Baixa, se fosse formada ao dia de hoje, não cumpria com o critério da população, pois está abaixo dos 75 (setenta e cinco) mil eleitores. Apenas cumpriria com o critério de municípios associados (mais de 5 (cinco)). Vai dai, sem qualquer reflexão e numa medida autocrática, fala-se que Vila de Rei e a Sertã poderão ser transferidas da CIM Médio Tejo para a Beira Baixa para ajudar a compor a escala da CIM mais pequena do pais, em termos de habitantes. 
Não seria tempo de começar a pensar com a cabeça?
Luís Santos

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