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Natan: “Decisão é mesmo do foro pessoal”

Artur Jorge - 15/11/2019 - 15:41

"Não existe qualquer atrito com pessoa alguma do Oleiros. Nem tão pouco a decisão está relacionada com aspetos desportivos”, esclarece no momento da saída.

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Natan Costa esteve dois anos e meio ao serviço do Oleiros. Um período marcante na história do clube.

“Por motivos pessoais, suspendo neste momento da minha vida a atividade como treinador de futebol e, consequentemente, termina a minha ligação à Associação Recreativa e Cultural de Oleiros (ARCO). O termo ‘motivos pessoais’ sugere que é algo íntimo e que reservo o direito de não divulgar”. É assim que Natanael Costa, de 40 anos, aborda a saída do emblema oleirense, na sua terceira época ao serviço do clube, depois de duas manutenções históricas no Campeonato de Portugal.

A direção da ARCO, liderada por Rui Laranjo, fala de “uma decisão inevitável”, face a “fortes motivos pessoais”. “Existem momentos nas nossas vidas em que o futebol é secundário. Só podemos dar toda a força e agradecer, profundamente, a sua dedicação durante 28 meses nesta casa”, acrescenta em comunicado. Natan cumpriu 78 jogos no comando técnico do Oleiros, garantiu por duas vezes a permanência e tem a equipa, presentemente, no 10.º lugar e com uma partida em atraso. Conta com a defesa menos batida do CdP. Esteve ainda na melhor participação de sempre no clube na Taça de Portugal, que culminou com uma não menos histórica receção ao Sporting, em outubro de 2017.

No último domingo, no empate (0-0) em Caldas da Rainha, o até aqui adjunto David Facucho já tinha deixado uma mensagem dentro deste contexto, dedicando todo o esforço da equipa “ao nosso treinador”. Na noite de terça-feira o desenlace concretizou-se.

Na abordagem pública ao assunto, Natan Costa fez questão de sublinhar que “não existe qualquer atrito com pessoa alguma do clube. Nem tão pouco esta decisão está relacionada com aspetos desportivos”.

“Vinte e oito meses não são 28 dias! Cresci como treinador. Sinto-me valorizado! Tenho também a convicção que ajudei a ARCO a cimentar a sua posição enquanto clube do panorama futebolístico nacional. Hoje o respeito pela ARCO é diferente, uma equipa que já não entra em campo com complexos de inferioridade, que já conhece o sabor da vitória nas ilhas, o que é passar em eliminatórias da Taça de Portugal e o que é vencer equipas que lutam para subir ou sobem de divisão! Os feitos desportivos foram sempre partilhados e valeram-me a distinção de melhor treinador do ano, por duas épocas consecutivas, na Gala da AFCB. Naturalmente, são prémios coletivos. Sinal de respeito pelo que ali se faz”, escreveu Natan.

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