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Nuno Álvares: António Salvado e as origens remotas da língua

Reconquista - 20/07/2022 - 16:23

Quarta aula do poeta na biblioteca da secundária foi sobretudo uma aula de certo modo de recapitulação.

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Foto cedida pela organização

A quarta aula do poeta António Salvado na biblioteca da Secundária Nuno Álvares foi sobretudo uma aula de certo modo de recapitulação. Esta 4ª sessão abordou matérias relacionadas com as origens remotas da língua portuguesa e às suas mais atuais estruturas e, por outro lado, o “atar” de pontas soltas que ficaram assim no final da 3ª aula, e, finalmente, com a apresentação do que será a 2ª parte do «curso»: uma história da poesia portuguesa.

Recordou António Salvado a existência do indo-europeu, língua (hoje reconstituída) única falada em espaço que ia do território da Índia à Europa Ocidental e a ramificação desta língua em vários segmentos, um dos quais - o segmento itálico que engloba a língua falada no Lácio – o latim. Depois, resumidamente, referiu-se à ocupação da Península Ibérica pelas legiões romanas e gentes de baixa condição que acompanhavam, todas a falarem um latim vulgar, muito diferente daquele que era ensinado nas escolas de Roma (note-se que António Salvado não esqueceu o facto de, antes dos romanos, a Península Ibérica já suportava a invasão dos celtas, dos quais a língua portuguesa também receberá contributo lexical), com origens tão humildes, a língua portuguesa, do latim vulgar derivava, tornar-se-ia língua da mais alta qualidade expressiva pelo talento dos seus utilizadores – escritores e, mais tarde, uma língua de expansão por todo o mundo “atou” depois António Salvado as pontas soltas deixadas no final da 3ª lição, referindo-se ao contributo lexical dos visigodos, dos muçulmanos, dos francos (e escrevemos resumidamente), à riqueza proporcionada por neologismos, pela revificação de arcaísmos.

Finalmente, apresentou as linhas norteadoras da história da poesia portuguesa, que preencherão os conteúdos das próximas aulas, como a contradição da influência provençal na nossa poesia trovadoresca; a aula consagrada ao poeta albicastrense João Roiz de Castelo Branco; as aulas dedicadas a Camões lírico, épico e dramaturgo; a originalidade da nossa poesia gongórica; dois vultos do Século XVII: Rodrigues Lobo e Dom Francisco Manuel de Melo; o pré-romantismo com Bocage; atenção particularizada para a poesia de Herculano, Garrett, Antero de Quental; os movimentos poéticos do Século XX: Orfeu e a Presença; Tendências actuais da nossa poesia. Aguardemos as futuras aulas.

No início desta quarta palestra foi efetuada a leitura de um poema de António Salvado, por parte de Maria Constância Valente.

A Aula de António Salvado é uma iniciativa levada a cabo pelo Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, Junta de Freguesia de Castelo Branco e Real Associação da Beira Interior.

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