Nuno Álvares prepara novos desafios

João Carrega - 14/07/2022 - 17:46

António Carvalho vai para o seu terceiro mandato à frente do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares. A tomada de posse decorreu na última semana.

António Carvalho com o secretário de Estado e os presidentes da Câmara e do CG | Foto: João Carrega

António Carvalho tomou posse, na passada semana, para mais um mandato como diretor do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares. Há nove anos naquelas funções (um primeiro como responsável da Comissão Instaladora e os restantes como diretor eleito), aponta o futuro baseado numa nova forma organizacional e num novo projeto pedagógico.

Perante o secretário de Estado da Educação, António Leite (ver entrevista na página 4), pediu condições de estabilidade. “Queremos os nossos docentes motivados e com condições reais de trabalho”, disse, já depois da presidente do Conselho Geral do Agrupamento, Manuela Martins, lhe ter dado posse.

Em declarações ao Reconquista, revela que o projeto educativo que defende para o Agrupamento “deve ter em conta o momento pós-Covid que estamos a atravessar”. António Carvalho diz que este processo não deve ser individualizado. “Temos que ouvir a comunidade, os professores, funcionários, alunos e pais, para perceber de que forma poderemos responder aos novos desafios com os meios que temos disponíveis e com uma organização diferente”, explica.

A organização será, no seu entender, “o primeiro passo. É por aí que teremos que começar, de forma a termos uma melhor flexibilidade e adaptação aos desafios que vão surgindo, por um lado, e por outro que permita que as aprendizagens se possam concretizar não apenas pelo habitual trabalho desenvolvido no contexto de sala de aula, mas com elementos inovadores. Sabemos que os jovens precisam disso para os motivar e melhor preparar para os desafios da sociedade”.

António Carvalho adianta que este processo implica “formação de docentes em contexto e de verdadeiro significado para o dia-a-dia dos professores; implica meios que não passam apenas pelos equipamentos, e implica estabilidade no corpo docente”.

O diretor fala também na aproximação com os restantes agrupamentos da região. “Temos que dar passos. Já tínhamos uma relação com a autarquia com grande proximidade, mas no atual quadro legal e de transferência de competências para a Câmara há a necessidade de reformular alguns procedimentos. E esse é um trabalho que tem de ser acompanhado com uma grande articulação entre agrupamentos, pois há problemas que são comuns. Por isso faz sentido em conjunto encontrar soluções”.

Nos últimos nove anos António Carvalho manteve praticamente a mesma equipa diretiva. Agora prevêem-se mudanças. António Carvalho diz ainda não ter fechado o grupo com que irá trabalhar na direção do agrupamento. “Houve elementos que por vontade própria decidiram não continuar, o que é legítimo. Com toda a serenidade vou pensar na nova equipa que certamente estará à altura das exigências e que contará com o apoio daqueles que agora deixam de exercer essas funções”, conclui.

AUTARQUIA Na cerimónia, Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara, destacou o trabalho que tem vindo a ser feito no Agrupamento. Há muitos anos que são escolas de excelência”. O autarca abordou ainda a questão da descentralização de competências e frisou “a dificuldade que temos tido em conseguir assistentes operacionais”

Na sua intervenção, sublinhou ainda a aposta que a autarquia está a realizar na área da educação, como o apoio às crianças das creches (150 euros/mês), o pagamento das refeições às crianças do pré-escolar e dos 1º e 2º ciclos, ou o acompanhamento dos alunos entre as 8H00 e o encerramento das escolas.

De referir que o Agrupamento é compostos pelas escolas Secundária Nuno Álvares, Básica e Jardim de Infância Cidade de Castelo Branco; Básica Faria de Vasconcelos; pelas escolas de 1º ciclo da Senhora da Piedade, Boa Esperança, Malpica do Tejo e Escalos de Baixo (as últimas três com Jardim de Infância).