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Leitores: O PSD e Portugal. Um voto com Direito ao Futuro!

José Carlos Beato - 26/05/2022 - 9:48

Antes de mais devo fazer uma declaração de interesses. Sou amigo do Jorge Moreira da Silva há mais de 30 anos. Cruzámo-nos na JSD, onde tive o prazer de fazer parte de uma das suas equipas, e tenho por ele uma consideração e estima elevadas.

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Antes de mais devo fazer uma declaração de interesses. Sou amigo do Jorge Moreira da Silva há mais de 30 anos. Cruzámo-nos na JSD, onde tive o prazer de fazer parte de uma das suas equipas, e tenho por ele uma consideração e estima elevadas. 
Reconheço-lhe carácter, competência, honestidade intelectual e capacidade de ver mais à frente e de agir sempre em função das suas convicções e não ao sabor das marés ou do gosto popular.
Para além disso, está na política para fazer as coisas certas e bem feitas e sei que um dia vai sair como no dia em que chegou: com um ar de miúdo reguila que desafiou as circunstâncias e que fez caminho.
Dito isto, poderá parecer que qualquer reflexão vinda de mim e sobre as circunstâncias atuais da vida do PSD, será um mero exercício do elogio fácil e promoção de um candidato que conheço bem, em detrimento de um outro que nunca sequer tive o prazer de conhecer.
No entanto, o objetivo desta reflexão mais não tentará ser do que uma análise realista e racional do desafio que hoje se coloca ao país, e também ao PSD, como maior partido da oposição, em queda continuada de resultados, perda acentuada de quadros e com grande incapacidade de atrair os mais jovens, os mais competentes e os que mais teimam em desafiar o status quo.
O PSD tem de mudar de vida. 
Sobre factos não há argumentos. O partido perde votantes e votos em eleições consecutivas. Nos últimos 26 anos o PS governou, ou melhor, desgovernou 19 anos! Ora se o PSD é um partido com vocação de poder, é um partido que se diz reformista e é um partido que executa, algo tem de estar profundamente errado, quando, nas duas últimas décadas e meia, só governou 25% do tempo e sempre em situações emergenciais, e para tirar o país de duas bancarrotas anunciadas, nos tempos pós Guterres e pós Sócrates.
Assim, não posso deixar de concordar totalmente quando Jorge Moreira da Silva diz que, antes de tratarmos do país, o PSD tem que tratar de si próprio, tem de se refundar, tem de mudar de vida!
Olhando para os 2 candidatos e para propostas de cada um para esta mudança de vida, não tenho dúvidas de que, por um lado, há um caminho pensado e concreto, que fará o partido voltar à sua génese, ao seu interclassismo, à sua natureza empreendedora e criativa, enquanto, por outro lado, nada mais há do que uns Estados Gerais retocados, com muita vontade de ‘Acreditar’, mas com mais fé do que substância.
Jorge Moreira da Silva não precisa de meas culpas. Não desuniu o partido nem o tentou dividir. E, nas circunstâncias atuais, parece fazer sentido aproveitar essa capacidade de unir em detrimento daqueles que passaram anos a trabalhar na sombra.
O PSD e o país precisam de alguém preparado para o Futuro.
A carreira de Jorge Moreira da Silva fala por si, dentro do partido, no governo do país, mas, acima de tudo, fora de Portugal e em organizações internacionais de prestígio mundial. Não apenas ganhou mundo, como entregou resultados. Não se limitou a discutir os temas ou a argumentar sobre eles. Definiu estratégias e planos, traçou metas, executou e atingiu objetivos. E isto é algo fundamental para um partido que quer governar Portugal com um propósito e não apenas ‘porque sim’. 
Quanto ao seu opositor, custa-me até discutir o seu currículo, quanto mais compará-lo, mas, acima de tudo, é na troca do sound byte parlamentar pela execução de políticas de modernidade ao serviço dos cidadãos que se encontram as maiores diferenças e que são abissais. Há um candidato que tem background e que está preparado para mudar o partido e mudar o país – já com provas dadas de que entrega o que se propõe fazer –, e há um outro candidato que tem boa vontade, boa retórica parlamentar e pouco mais que isso...
O País precisa de um Plano.
Portugal está estagnado há anos. Crescemos de forma medíocre e vamo-nos afundando na tabela dos países da Comunidade Europeia. Empobrecemos alegremente, ano após ano, sempre com uma desculpa e sempre com cara alegre. Aguentamos... claro que aguentamos! Mas a verdade é que os melhores vão embora, aqueles que sonham mudar o mundo, estudam em Portugal, mas é lá fora que se vão realizar, quando, em abono da verdade, nós temos tudo para que possam ser felizes na terra que os viu nascer. Continuar na cauda da Europa não pode ser um fatalismo, até porque temos tudo e até temos portugueses capazes de dar mundo ao mundo.
Jorge Moreira da Silva sempre foi dos que pensam, dos que não se resignam, dos que teimam em lutar contra o fatalismo e, por isso, tem ideias claras sobre o que quer para Portugal. Um país moderno, cheio de oportunidades para os mais novos, baseado no crescimento sustentável e no aproveitamento da nossa biodiversidade, dos nossos recursos naturais e humanos. Um país que acredita que é possível ir mais além. Por isso, desenhou um plano que esteve na base da sua moção de estratégia global, sob o título ‘Direito ao Futuro’, onde enuncia quatro metas, 17 objetivos e 13 missões para libertar o potencial de crescimento sustentável de Portugal e para conseguir colocar o país nos primeiros lugares de vários indicadores de desenvolvimento sustentável. Algo concreto, palpável e realizável, escrito pela sua mão, obviamente com o contributo de muitos, com os quais trabalha e pensa há muitos anos sobre o futuro de Portugal.
Se de um lado existe um plano, do outro lado existe um conjunto de ideias, algumas que parecem ser tiradas agora à pressa e que nem sequer estão bem percebidas, muito menos quantificadas. São ideias soltas que mostram que, mesmo com muitos anos de preparação a preocupação, nunca foi capaz de ter um plano, uma ideia ou um propósito para o país, privilegiando, pelo contrário, uma lógica de poder pelo poder e pela alternância natural dos ciclos políticos. Relembro aqui que, infelizmente, aquele que mais reclamou com o fim das idas quinzenais do primeiro-ministro ao parlamento foi agora o primeiro a fugir a debates e a tentar esconder-se onde pôde, com pretextos de agenda preenchida. Deixando claro, ao contrário do que pretendia, que este não é o caminho para quem quer afirmar um novo PSD.
O propósito final desta reflexão é apenas deixar o cidadão comum a pensar naquilo que um militante do PSD deve pensar até ao próximo sábado: O que é melhor para o PSD e o que será melhor, um dia, para o país? A ideia é que, de uma forma objetiva, o cidadão, neste caso o leitor, se questione. Mas afinal onde é que está a dúvida? Mas afinal eles percebem ou não que o problema não é a cara mas sim a substância? Eles não percebem que não importa quem fala mais alto, mas sim quem tem mais conteúdo e um plano para executar?
A reflexão deve servir para que todos os que se preocupam com o país possam pensar naquilo que gostavam que ele fosse no futuro, por quem gostariam de ser governados e também garantir que os militantes livres do PSD não se esquecem de que Portugal deve estar primeiro! 
Da minha parte, decidi não ficar em casa. Vou tomar partido e lutar por aquilo em que acredito. Espero que, no próximo sábado, os militantes do PSD também não fiquem em casa e lutem por Portugal com ‘Direito ao Futuro’!



Militante n.º 11 020 do Partido Social Democrata

COMENTÁRIOS

Miguel Morgado Duarte
à muito tempo atrás
Bravo