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Oleiros: André Farinha cumpria a melhor temporada de sénior

Artur Jorge - 17/04/2020 - 18:45

Completou 22 anos na semana passada. Estava em grande na equipa beirã quando os campeonatos foram suspensos. Quer chegar às ligas profissionais.

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André Farinha está entre os melhores do corredor direito na Série C do Campeonato de Portugal

André Farinha, da fornada de 1998, estava a realizar a melhor época de sénior. O jovem lateral/extremo do Oleiros era, não só um dos melhores marcadores da equipa (4 golos, tantos quantos os de Jimmy), como unidade influente na dinâmica de 5.3.2, montada por Natan Costa e prosseguida por David Facucho.

O eborense tem base de formação no Sporting, onde se cruzou, entre outros, com nomes conhecidos no futebol do distrito de Castelo Branco, como o albicastrense Kikas, Leo Almeida (que foi reforço de inverno do BC Branco) ou o covilhanense Ricardo Maia, entretanto afastado das lides futebolísticas. Também se cruzou com Tiago Viola, que há dois anos esteve no Sernache.

Falamos com André Farinha nesta fase de recolhimento provocada pelas medidas de contingência em relação à pandemia de Covid-19.

Os campeonatos sob a égide da FPF foram dados como concluídos. Como encara a decisão?

- “Seria sempre uma decisão difícil de tomar e, ainda mais, de agradar a todos. Mas acredito que tenha sido a mais lógica, em face do delicado momento que atravessamos”.

Desde a suspensão das provas, foi para casa ou ainda permaneceu em Oleiros?

- “Vim para casa, mas tanto os jogadores que regressaram aos seus domicílios como os que permaneceram em Oleiros, cumpriram planos de treinos. Cumpro a quarentena, mas procuro não desleixar-me do ponto de vista físico”.

Com a decisão federativa, terminou a sua relação de trabalho com a ARCO?

- “Sim, com o término do campeonato, terminou também o meu vínculo com o Oleiros. Digamos que estou à condição de jogador livre”.

São tempos apreensivos, também, para os jogadores de futebol. Como encara a situação?

- “Sabe, o futebol é o ganha pão da maior parte dos jogadores. E muitos deles têm famílias para cuidar. Isto influencia não só esta época, como a próxima. Para falar apenas no imediato. Procuro não entrar numa onde de pessimismo, reconhecendo também que há colegas de profissão em situações mais complicadas. Temos de ser fortes. Não esmorecer nos sonhos e confiar que esta fase endémica irá ser ultrapassada e que tudo se irá resolver”.

Já começou a conjeturar o futuro? Ou é prematuro nesta altura?

- “Ainda não pensei muito no futuro, sou sincero. Neste momento, estou mais direcionado para a minha família. A resolução do futuro será equacionada a seu tempo”.

Coloca a hipótese de continuar mais uma temporada em Oleiros?

- “Nunca poderia dizer, nesta fase e de antemão, que não a um clube que sempre me tratou bem. Obviamente, ambiciono outros voos e alcançar patamares mais elevados. O meu trabalho tem sido desenvolvido e orientado nesse sentido. Mas Oleiros é uma etapa importante na minha ainda curta carreira”.

André, esta estaria a ser a sua melhor época como sénior…

- “Concordo. Estava numa boa fase. Mas desde o início da época que fui consistente nos meus desempenhos. A ser decisivo em muitos jogos, tanto a lateral como a extremo. Aliás, acabei como melhor marcador do Oleiros, a par do Jimmy. Sentia-me bem e com um feeling de que a equipa iria acabar forte a 2.ª volta. Foi pena terminar tudo assim…”.

 

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