Quando naquele início de outono de 1972 chegou a Idanha-a-Nova para assumir a condução da paróquia, Adelino Américo Lourenço foi levado pelo povo até à capela de Nossa Senhora do Almortão. O que lá ouviu iria ficar para sempre na sua memória. “Aqui disseram-me que estava o tesouro maior do povo da Idanha e aquilo ficou-me cá dentro”. Cinquenta anos depois, foi à porta daquela capela e debaixo daquele alpendre que festejou meio século de comunhão com a comunidade que o acolheu e que o fez idanhense, mesmo que tenha nascido em Escalos de Baixo. O reconhecimento oficial chegou pelas mãos do presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, que lhe atribui a chave de ouro da vila, a primeira de sempre.