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Pais em tempos de crise: Ensinar a obediência aos filhos

Mário Freire - 17/02/2016 - 17:20

Algumas vezes os filhos adolescentes e, até, as crianças, desafiam os pais, perante determinada norma. Por exemplo, existe a regra de que, depois das 21h30, a filha (ou filho) não poderá usar o telemóvel nem para falar ou receber chamadas, nem para enviar SMS ou responder a eles. Acontece que, por duas vezes, já a encontraram a trocar mensagens depois da meia-noite. Claro que, para obedecer a tal norma se torna necessário entender o significado dessa norma. No caso do uso do telemóvel, os pais podem ter entendido que, após aquela hora, o tempo que resta até ir para a cama é para estudar, ver em família um programa de televisão, ler ou, muito simplesmente, conversar com os pais e irmãos.

Ora, o ignorar das normas pode servir para testar os pais para ver até onde se vai sem se ser punido. Torna-se, pois, necessário que os filhos levem a sério o que foi estabelecido. Se eles violaram a norma e, depois de advertidos, continuam a desobedecer, então, na semana seguinte, a hora limite para usar o telemóvel passará, por exemplo, para as 21h00. É indispensável, pois, que as regras sejam claras e os filhos saberem o que os espera se as mesmas forem violadas. Não pode ser-se, no entanto, inflexível e certas ocasiões excepcionais, devidamente justificadas, são susceptíveis de alterarem a regra.

Ora, o ignorar das normas pode servir para testar os pais para ver até onde se vai sem se ser punido.

Outro aspecto a considerar na eficácia da obediência é a coerência. Assim, passar em claro determinado comportamento pouco adequado e, escassos dias depois, idêntico comportamento ser alvo de sanção, é proporcionar a desobediência e, até, a revolta.

Um factor que ajuda à obediência é falar com os filhos sobre as regras a adoptar e serem eles próprios a propor as sanções, caso elas não sejam respeitadas. Esta circunstância proporciona ocasiões de uma maior obediência às regras uma vez que foram os próprios filhos que ajudaram a estabelecê-las.

Resta dizer que a obediência às regras, só por si, de nada vale se ela não tiver como alvo ajudar os filhos a crescer na sensatez e na responsabilidade.

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