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Leitores: Parte I- O ziguezague da governação socialista

Luís Filipe Santos - 12/01/2023 - 10:52

E entrou 2023. Um ano decisivo para o futuro próximo de Portugal.

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E entrou 2023. Um ano decisivo para o futuro próximo de Portugal. Não só pelo contexto de caos politico a ser vivido na nossa sociedade, surpreendente para os resultados acontecidos nas eleições de 30 de janeiro de 2022, onde o Partido Socialista ganhou com uma maioria esmagadora, mas também, porque é neste ano que fecha um quadro comunitário iniciado em 2014 (o Portugal 2020), se deve executar o tão aclamado PRR (o tal das taxas de execução a rondar os 8% no dia 31 de dezembro de 2022, e que mereceram da parte do Presidente da República um público puxão de orelhas à senhora Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, para os mais desatentos, cabeça-de-lista do PS pelo Circulo Eleitoral de Castelo Branco) e o início dos primeiros concursos do Portugal 2030 (um pacote de investimento de 23 mil milhões de euros). 
Entre o tempo de escrita deste artigo até ao momento em que o leitor o lê, não sei se houve mais demissões no Governo de maioria absoluta de António Costa. Esta é a medida de previsibilidade que os investidores, empresários, autarcas e funcionários públicos tem, neste preciso momento. Total instabilidade e incerteza. É assim, também, a visão dos decisores europeus a olhar para Portugal. 
O caso despoletador desta espiral de demissões, até pode corresponder ao acordo realizado entre advogados para a saída da ex-Secretária do Tesouro, mas quando pedimos tantos sacrifícios aos portugueses, com um orçamento aprovado castrador dos direitos fiscais, fomentador de inflação e que não irá solucionar nenhum problema de fundo do país e reparamos neste valor astronómico, ficamos boquiabertos. Mais ainda, quando esta mesma senhora é nomeada Secretária de Estado nesta mesma área de negócios, sabendo-se, esta semana, pela boca de Fernando Medina, que só tinha falado com ela, uma única vez. Ou seja, os Secretários de Estado deixaram de ser os melhores, para passarem a ser os vencedores da Roleta da Fortuna Socialista. Num acaso que só nos empurra para o último lugar do desenvolvimento em todas as estatísticas da União Europeia. Este caso abanou o Governo, derrubou o todo-poderoso Ministro das Infraestruturas e Habitação e colocou o país político a fervilhar, ansioso por ver a solução para este problema bicudo. Ela apareceu, sob a forma de dois Ministérios e mais Secretarias de Estado, com os respetivos gabinetes. Uma fatura demasiado pesada para ser apresentada aos portugueses, neste ano que se antevê de particular dificuldade.
No Distrito de Castelo Branco, o primeiro sinal no Distrito não podia ser mais trágico com a deslocalização dos Municípios da Sertã e Vila de Rei para o espectro territorial da CIM da Beira Baixa, sem qualquer discussão prévia ou conversa com os executivos municipais e as respetivas assembleias municipais. De forma autocrática, mudaram-se os territórios sem planeamento, alterando, por completo, a organização do território. Não discuto a alteração em si, mas a forma como a mesma se realizou, prenúncio de tiques autoritários e menosprezo por órgãos eleitos pela população. É um sinal negativo de democracia, o desrespeito pelas autarquias. E a falta de diálogo ou opinião manifestada pelos atores que lideram as instituições. 
Nesse sentido, ainda aguardo a opinião do Presidente da Distrital do PS, Vítor Pereira, sempre calado perante estas manifestações de desrespeito e autoritarismo, bem como aguardo a opinião do Presidente da CIM da Beira Baixa e Município de Proença-a-Nova, João Lobo sobre este assunto. Num contexto de ziguezague político. Onde, nuns assuntos, defende uma coisa e noutros defende outra. Bem visível, na forma como emitiu parecer desfavorável no Executivo Municipal, manipulado o sentido de voto na Assembleia Municipal, conduzindo ao chumbo da desagregação da União de Freguesias de Proença-a-Nova e Peral, argumentando da necessidade do referendo para saber a vontade da população. Assim, ganhou o prémio de ter sido o único Autarca, em todo o Distrito, a impedir este pedido de chegar à Assembleia da República, matando as aspirações da futura freguesia do Peral, ainda antes de ter nascido. É pena, enquanto Presidente da CIM, fechar os olhos e perante situações iguais, ter opiniões diferentes, não tendo defendido com o mesmo mecanismo, a inserção de Vila de Rei e da Sertã no território por ele liderado.
Infelizmente, um ziguezague cada vez mais atual deste Partido Socialista.

Presidente do PSD Distrital de Castelo Branco
Luis.santos@psdcastelobranco.pt 

COMENTÁRIOS

JMarques
No ano passado
PS = PSD.