Bemposta é uma das aldeias mais pequenas do concelho. Foto Reconquista/ Arquivo
A aldeia de Bemposta recebe nos dias 25 e 26 a segunda edição do Festival Figuras, Factos e Lugares, que teve a sua estreia no ano passado em Vale da Senhora da Póvoa, onde foi dedicado a Jaime Lopes Dias. Ao longo de dois dias a localidade que já foi sede de concelho e é atualmente uma das menos povoadas de Penamacor serve de palco a concertos, uma visita guiada pelo património e gastronomia, entre outras atividades. A abertura acontece no sábado pelas 15H00 com um concerto de Sónia Cerdeira no salão da junta de freguesia, que antecede o colóquio “Bemposta: Passado, presente e futuro”, moderado por António Luís Sousa e com os convidados Cézer Santos, Fernando Carvalho, André Oliveirinha, Tiago Alves e Fernando Canovas. A partir das 21H00 a aldeia recebe a visita guiada e encenada ao seu património, terminando com o concerto do grupo de música tradicional ibérica “Cantarela”, pelas 23H00.
No domingo às 9H00 parte da junta a caminhada interpretativa em espaço rural para identificar os produtos naturais que forem encontrados ao longo do percurso. Esses produtos serão depois trabalhados a partir das 11H00 pelo chefe de cozinha Marco Santos, explicou a vereadora Ilídia Cruchinho, que apresentou o programa na última reunião do executivo. O festival termina com um almoço partilhado.
O Festival Figuras, Factos e Lugares “pretende, fundamentalmente, promover o património, a história, os valores, a tradição, a gastronomia, as nossas principais figuras e os nossos lugares mais emblemáticos”, sintetiza a também vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor, que sublinha a Bemposta como sendo uma das localidades mais pequenas do concelho mas ao mesmo tempo “aquela que deu muita história” a Penamacor. Depois de Vale da Senhora da Póvoa e agora a Bemposta “este festival pretende correr todo o concelho, porque em todas as freguesias temos figuras, factos e lugares de grande valor”.
A Bemposta, que fica a cerca de 16 quilómetros de Penamacor, foi sede de concelho até 1836 e perdeu o estatuto de freguesia autónoma há cerca de uma década, fazendo hoje parte da união de freguesias com Pedrógão de São Pedro. A sua dimensão atual contrasta com a grandeza do seu património, desde os vestígios do período romano reunidos desde há alguns anos na capela de São Sebastião, às ruinas do castelo e ao pelourinho, que no concelho só existe também na zona histórica da vila de Penamacor.
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