Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Penamacor: Madeiros regressam à normalidade possível .

José Furtado* - 15/12/2021 - 16:35

Seis jovens que nasceram no ano de 2001 assumiram este ano a tradição na vila.

Partilhar:

O grupo que levou o madeiro a Penamacor. Foto Luís Seguro

A tradição do madeiro de Penamacor foi este ano cumprida por seis jovens que nasceram no ano de 2001. Pouco antes da partida do comboio de tratores para o centro da vila, os jovens mostravam-se satisfeitos por levarem a bom porto uma tradição que no ano passado foi fortemente condicionada pela pandemia, que ainda continua a fazer mossa.

“Custou muito devido à pandemia e às incertezas se ia haver ou se não havia e estamos felizes. Com menos lenha mas felizes e orgulhosos do madeiro”, disse Maria Gonçalves Carreirinho, uma das jovens do grupo dividido este ano de forma igual entre rapazes e raparigas. O grupo é pequeno mas “as famílias vão sempre ajudando e já temos mais ou menos uma noção de como as coisas são feitas e de com quem temos de falar” disse Mariana Leal, outra das raparigas do ano. A organização continua a contar com a ajuda de muitos penamacorenses que oferecem árvores e tratores para que seja possível continuar a fazer do madeiro de Penamacor o maior do país. Este é o mote do evento Penamacor Vila Madeiro, organizado pela Câmara Municipal de Penamacor e que decorre até ao Natal com várias atividades.

A última vez que o madeiro aconteceu nos moldes tradicionais tinha sido em 2019, com um grupo de 16 jovens. No ano passado, com a pandemia a avançar, foi feita uma entrega simbólica da lenha no adro da igreja, quase sem a presença de populares. Esta lenha seria retirada à beira do natal, altura em que é ateado, depois de a Proteção Civil municipal ter analisado a situação da pandemia no concelho, que nessa altura tinha cerca de uma centena de casos ativos de infeção. Um ano depois, com a vacinação, o concelho tem dez vezes menos casos ativos, de acordo com os dados oficiais conhecidos até ao último fim-de-semana.

A falta de jovens é cada vez mais sentida no concelho mas o madeiro continua a cumprir-se mesmo nas aldeias com menos população. É o caso de Águas, onde este ano se juntaram as maltas do ano passado e deste ano, sendo que este ano eram apenas três os elementos a quem coube a organização. Marco Matos, Diogo Soares e Tomas Beleza contaram assim com a ajuda preciosa da população, que não deixou morrer o seu madeiro.

*com Luís Seguro e Bruno Marques 

COMENTÁRIOS