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Poesia: Joaquim Cardoso Dias lança um novo livro

José Júlio Cruz - 11/04/2024 - 8:30

Nome maior da poesia portuguesa, albicastrense escreveu este livro para homenagear um amigo, o poeta Al Berto.

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Pormenor da capa do livro livro. Foto cedida pelo autor

O albicastrense Joaquim Cardoso Dias vai ter muito em breve uma nova obra nas bancas. Nome maior da poesia portuguesa, como destaca a Editora On y va, Joaquim Cardoso Dias escreveu este livro para homenagear um amigo, o poeta Al Berto. Na contracapa desta obra, explica-se que “o mundo atravessava então uma pandemia, e depois chegou uma guerra”. “Agora, olha para trás e repara que as pessoas têm memória curta. E diz: «As pessoas rapidamente esqueceram esse sofrimento. Somos todos cegos que se olham. A poesia também é isso: acontece para que o amor e a saudade nunca se resolvam».”

Poeta exigente consigo mesmo, continua a On y va, “Joaquim Cardoso Dias procura «a perfeição que não existe». Escrever, diz, “é sempre um desassossego, uma fragilidade”.

“Depois de tantos anos a escrever, vê-se ainda «a mesma criança de uma outra neve». E surpreende-nos ao dizer que não escreve como respira. «Escrever é esperar uma outra espera. Só sei ser assim».”, pode ler-se no texto de apresentação à obra.

De acordo com o que o autor referiu ao Reconquista, “o livro vai paras as bancas mais para final da semana ou início da próxima, mas também pode ser adquirido diretamente à editora ou na wook”.

“O Al Berto foi um dos meus grandes amigos que a vida me ofereceu”, lembra Joaquim Cardoso Dias. “Escrevi este livro por sentir uma necessidade de escrever ao Al Berto; de responder à nossa amizade; ao nosso melhor afecto”, refere ao Reconquista, explicando que “comecei a escrever este livro no ano em que passaram 25 anos sobre a morte do Al Berto. O mundo estava em confinamento. O peso da doença e da morte eram tão visíveis e quase palpáveis todos os dias nos telejornais, repetidamente”.

Este livro “é assim uma pequena homenagem. É reconhecer e celebrar que durante os anos de adolescente e de juventude eu tinha um enorme poeta e amigo que me escrevia muitas cartas todas as semanas”. E recorda: “E eu nunca me canso de olhar para baixo e para trás. Olhar a terra e aquele rasto que os nossos passos não conseguem apagar no tempo. (…) no meu coração essa luz humana permanece intocável. O nosso tempo cada vez mais perigoso precisa de amizades desta dimensão generosa e limpa”.

Joaquim Cardoso Dias descreve ainda que “escrever este livro é celebrar também as pegadas que ficaram para sempre na minha memória e que me ensinaram a fazer caminho. Temos o dever imponderável de acrescentar palavras aos sentimentos como se a vida fosse para sempre”.

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