A Agência Portuguesa do Ambiente está a reforçar a medição da poluição. Foto arquivo Reconquista
A Agência Portuguesa do Ambiente instalou dois dispositivos de análise da qualidade da água do rio Tejo, um em Perais e outro na albufeira de Fratel (a montante da barragem).
O objetivo é analisar em permanência a qualidade da água do rio, algo que até ao momento só era feito de forma esporádica.
Os sistemas entraram em funcionamento na segunda-feira, dia 20, e a sua implementação foi anunciada esta quarta-feira, no Dia Mundial da Água.
João Pedro Matos Fernandes, o ministro do Ambiente, diz que com esta medida “temos dados sobre a qualidade da água do Tejo e não tínhamos”, referindo que os poucos dados que existem desde 2010 “demonstram até uma melhoria”.
As declarações foram feitas esta quarta-feira em Idanha-a-Nova, onde o ministro inaugurou o Centro Documental Raiano, que reúne milhares de livros, revistas e outros documentos ligados a temas ambientais.
Segundo o governante os valores do fósforo no Tejo ultrapassam os níveis máximos, devido à atividade agrícola, havendo ainda registos da existência de alguns metais pesados, situação que “é naturalmente preocupante”.
O ministro recorda que nas últimas semanas foram tomadas diversas medidas de controlo da poluição no Tejo, como a suspensão da empresa Centroliva em Vila Velha de Ródão e o desmantelamento de um coletor “estranhíssimo” com 1,5 quilómetros no Carregado.
“Não podemos garantir um inspetor em cada esquina mas a qualidade certamente vai melhorar nos próximos tempos”, espera Matos Fernandes.