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Poluição: Centroliva tem até sexta para cumprir obrigações

José Furtado - 16/03/2016 - 10:02

O ministro do Ambiente fala numa "certa sensação de impunidade" relativamente à poluição do Tejo. Além da Centroliva há outra empresa de Rio Maior apontada como mau exemplo.

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A empresa de Vila Velha de Ródão é apontada como uma das poluidoras do rio. Arquivo Reconquista

A Centroliva, em Vila Velha de Ródão, tem até sexta-feira para cumprir as obrigações impostas pelas autoridades relativamente à poluição, caso contrário arrisca-se a perder a licença para o seu funcionamento.

O aviso é deixado pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, em entrevista ao jornal “Público”, divulgada esta quarta-feira.

Segundo o governante há duas empresas nesta situação ao longo do curso do Tejo. Embora não as cite diretamente, o “Público” assume como certos os casos da Centroliva e também da Intergados, uma empresa de Rio Maior que produz e vende carnes.

 “Foi emitido um mandado e, se não cumprirem nos prazos estabelecidos todas as obrigações a que estão sujeitas, deixarão de poder operar ou a sua atividade será suspensa até que as condições sejam cumpridas”, disse o ministro ao diário.

Para João Matos Fernandes, “o que estava a acontecer era grave e, do ponto de vista da poluição hídrica, havia uma certa sensação de impunidade”.

No início de fevereiro a Inspeção Geral do Ministério do Ambiente ameaçou suspender a atividade da Centroliva caso a mesma não passe a laborar de acordo com a legislação ambiental, acusando-a de "prática reiterada de contraordenações ambientais muito graves".

Fundada em 1990, a Centroliva dedica-se à secagem de bagaço e à produção de energia elétrica através da queima de resíduos florestais, entre outros.

 

COMENTÁRIOS

DE MATTOS Sébastien
à muito tempo atrás
Eu como ambientalista congratulo-me com todas as medidas positivas que têm sido tomadas pelo actual Ministro do Ambiente (2016). À autorização dada em 2015 para o aumento do tratamento de pasta de papel via Celtejo só posso dizer lamentável senhores governantes! Quem autorizou obviamente que foi a a APA e que é tutelada pelo Ministério do Ambiente. Aquilo de que me apercebo e independentemente de ser legal ou não é que a formula técnica de disseminação na massa d’água do Tejo está desajustada à realidade actual. Agradeço por isso a intervenção do senhor Ministro do Ambiente para inverter esta situação, ou seja o caudal descarregado pelas hidroeléctricas é insuficiente para disfarçar, disseminar e transportar as matérias químicas, até ao oceano sem perigos de maior, não podendo esquecer, claro a nossa cadeia alimentar. A minha posição, de não só de desejo como, de exigência técnica, é de poluição zero e não tentativas de disfarce ou utilização da noite para fazer este transporte até ao mar!. Se este Governo não conseguir inverter esta situação, parece, ou aparentemente, só restará o caminho da violência. Para já a minha análise é a de que tanto os 2 principais partidos-bem como os outros- não mostram grandes sinais de tentativa desta inversão. Já para não falar na possível corrupção e que também aparentemente, parece ser generalizada!
http://sos-riotejo.blogspot.com/ Fiquem bem