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Proença-a-Nova: Jorge Marquez mostra a sua arte em arame

Reconquista - 10/02/2022 - 10:04

Um piano, uma guitarra portuguesa ou uma imagem de Nossa Senhora de Fátima são alguns dos objetos em tamanho real que pode ser apreciados na mostra em Proença-a-Nova.

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O arame é transformado em peças de filigrana

Um piano, um saxofone, uma guitarra portuguesa, um gramofone, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, um crucifixo, uma bicicleta ou uma moto são alguns dos objetos, em tamanho real, que Jorge Marquez criou, trabalhando a arte da filigrana em arame, e que agora estão em exposição no Posto de Turismo de Proença-a-Nova até final do mês de março.

No dia da inauguração, a 6 de fevereiro, o artista explicou a sua escolha pela filigrana. “Gosto muito do que é nosso. Nós é que parece que não gostamos muito do que é nosso, mas eu gosto muito”, afirma, esclarecendo que a única diferença é que “esta filigrana é feita com arame e não o material nobre com que costuma ser criada”.

A residir no concelho vizinho de Oleiros, Jorge Marquez tem o sonho de criar um Museu de Arte Viva, onde possa expor estas suas esculturas em filigrana, mas também as suas pinturas. Este seria também um espaço que funcionaria como atelier, para trabalhar ao vivo, de modo que os visitantes possam ter a noção da execução de uma peça.

O artista explicou que gosta de trabalhar em várias peças ao mesmo tempo o que pode, por vezes, aumentar o prazo de execução das mesmas. O piano, por exemplo, demorou quase quatro meses a ser feito, mas nenhum pormenor foi deixado para trás, pois “até tem cordas por dentro”. Jorge Marquez vende as suas peças, mas também aceita encomendas, mas garante que se pudesse não vendia nada, pelo gosto que tem na sua execução.

Na inauguração estiveram vários artistas do concelho, como Silvia Mathys, Cavalheiro Cardoso e Yola Vale, abrindo a possibilidade para uma futura colaboração, até porque as peças do artista incluem outros materiais para além do arame, por exemplo a cerâmica. Uma possibilidade destacada pelo presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova. “A arte pode estar ao serviço da coesão dos territórios”, sublinha João Lobo.

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