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Proença-a-Nova: Maria João deixa direção do Agrupamento

Lídia Barata - 06/07/2017 - 8:00

Maria João Pereira, que há mais de duas décadas exerce funções de relevo no agora Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova, vai deixar a direção daquela instituição.

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A comunidade educativa homenageou a diretora

Maria João Pereira, que há mais de duas décadas exerce funções de relevo no agora Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova, vai deixar a direção daquela instituição.

Na hora da saída, os colegas e a comunidade educativa quiseram prestar-lhe tributo, num jantar a ela dedicado. a direção vai ser agora liderada pelo professor João Paulo Cunha, até aqui vice diretor, tendo sido também o único candidato, eleito por unanimidade pelo conselho geral.

Nesta mudança, Maria João Pereira, ao Reconquista, mostrou-se sensibilizada com o gesto de todos e deixa uma nota positiva em temos da missão que lhe foi sendo confiada, quer no Agrupamento, quer antes deste modelo educativo ter vingado. Alias, a sua primeira função enquanto elemento da direção da Escola Pedro da Fonseca foi entre 1995 a 2002, sendo aquele órgão dirigido pelo professor João Manso. "Em 2002 nasceu a minha filha e, como foi prematura sai da direção", lembra, apesar de sempre manter, enquanto professora, outros cargos, como assessora, coordenadora dos exames ou presidente do conselho pedagógico. "Em 2006, quando o João Manso foi para a Câmara Municipal candidatei-me e fiquei então como presidente do conselho executivo, mantendo-me assim até 2009 e depois como diretora de 2009 a 2013 e de 20013 a 2017", recordou, revelando que "neste momento vai dedicar-se apenas a dar aulas", uma missão que nunca deixou de fazer parte das suas funções, mesmo quando esteve na cúpula da instituição.

Na hora da mudança, faz um balanço positivo, mas reconhece que "dirigir um agrupamento é mais complexo do que apenas uma escola, pois abarca todos os níveis de ensino e a legislação é diferente para cada nível e muda com muita frequência, pelo que a atualização constante é palavra de ordem" também nesta missão.

Num concelho pequeno como Proença-a-Nova, "enquadrar os alunos todos num modelo de agrupamento tem vantagens, porque há mais articulação, conhece-se melhor o trabalho desenvolvido nos vários níveis de ensino, contribuímos todos para o mesmo plano de atividades e há iniciativas que são conjuntas. Nesse aspeto, há benefícios, até porque também conseguimos acompanhar o percurso do aluno, desde que começa até que termina". Por outro lado, "é mais difícil, porque são mais pessoas, mais alunos, sendo preciso conciliar o maior número de interesses. E ao nível de gestão é mais complexo". Quanto ao nível de oferta educativa dos alunos, "numa instituição como a nossa é algo limitado, porque são precisos números mínimos para abrir turmas e temos por isso ter uma oferta que vá de encontro aos interesses dos alunos, mas que consigamos que seja aprovada, por ter um número mínimo de alunos interessados".

A proximidade com a comunidade também se reflete na organização da gestão. "Já comigo na direção abrimos um CEF (Curso de Educação e Formação) de Bombeiros, no qual integramos uma série de alunos que estavam desmotivados para a escola, e que depois de terminarem o básico integraram um Curso Profissional de Proteção Civil, para o qual evoluiu o CEF", refere, sublinhando que "localmente há uma grande proximidade entre todas as instituições e facilidade de comunicar entre nós".

Alguns desses alunos estão a trabalhar nos Bombeiros, mas com a instalação da Outsystems no concelho novas perspetivas se abriram. "Este ano abrimos um curso profissional na área informática, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, a pensar numa colaboração com a Outsystems, sugerido por eles, porque pensam que vai haver um mercado de trabalho grande para estes alunos. A ideia aqui é que prossigam os estudos, para poderem integrar a empresa. E não digo que todos, mas não me admirava que muitos destes alunos um dia estivessem lá a trabalhar".

 

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