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Proença-a-Nova: Sabores caprinos vão andar "à solta" no concelho

Reconquista - 10/09/2021 - 14:00

Quinze restaurantes do concelho de Proença-a-Nova vão servir nas suas ementas, até dia 26, Sabores Caprinos.

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A carne e o leite de caprino são produtos endógenos de excelência

Arranca sábado, dia 11 de setembro, nos restaurantes do concelho de Proença-a-Nova aderentes, o Festival dos Sabores Caprinos, certame que se estende até dia 26 de setembro.

Diariamente, em 15 restaurantes, há sabores caprinos para degustar nas suas ementas, concretamente “propostas que utilizam a carne ou o leite de cabra, como o cabrito assado ou estonado, afogado da boda, chanfana, maranho, queijo cabreiro ou tigelada”. Serão considerados igualmente pratos de borrego. Os clientes dos restaurantes aderentes que consumirem estas propostas recebem um cupão que pode ter prémios a deduzir no valor da refeição.

Tal como os festivais do Peixe do Rio e da Tigelada, os Sabores Caprinos também visam “promover os pratos com maior tradição do território”.

De acordo com dados do Gabinete de Apoio ao Agricultor e Empresário, o concelho já deteve mais de 30 mil cabras, entre os anos de 1940 e 1970, sinal da importância que o gado caprino tinha para as famílias, pois possibilitava um rendimento extra, através da venda dos cabritos ou do leite. Os pratos com cabra eram mais frequentes nas principais festividades, como o casamento (que originou o afogado da boda) ou as festas das aldeias, em que o maranho e a tigelada também não faltavam na mesa. Durante as malhas, nas casas mais ricas também havia o costume de matar uma cabra para alimentar os ranchos que se dedicavam a esse trabalho.

Atualmente (números de 2020), o concelho tem cerca de 5200 caprinos adultos, distribuídos por 490 proprietários. “Mesmo sem a expressão de outros tempos, mantêm um importante papel ambiental, ecológico e paisagístico, a que se soma a questão turística por via da promoção da gastronomia com este produto tradicional”, explica o município em comunicado.

Em termos de raças, a autóctone Charnequeira está quase extinta, estando a ser substituída especialmente por raças exóticas, nomeadamente Saanen, Alpina e, ultimamente, Murciana e Malaguenha.

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