Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

PSD: Concelhia de Carlos Almeida diz que oportunidade virou pesadelo

José Júlio Cruz - 06/10/2021 - 9:54

O concelho merecia mais respeito, constata a estrutura liderada por Carlos Almeida, que rejeita responsabilidades e as aponta a Rui Rio.

Partilhar:

A Comissão Política de Secção do PSD de Castelo Branco, liderada por Carlos Almeida, acaba de reagir publicamente ao resultado das eleições autárquicas que tiveram lugar em 26 de setembro.

Considera esta estrutura partidária que “aquela que seria a grande oportunidade histórica para o PSD retomar a liderança política de Castelo Branco, tornou-se no maior pesadelo eleitoral da nossa história, desde que perdemos a câmara municipal em 1997 para o PS”.

A Comissão Política do PSD de Castelo Branco “rejeita qualquer responsabilidade política dos resultados eleitorais” e “lamenta ainda a reação pública de um candidato ao executivo camarário, não assumindo qualquer responsabilidade e, simultaneamente, culpabilizando o eleitorado pela dispersão de votos, revelador de alguma falta de humildade democrática e de autismo político”.

O PSD albicastrense também não poupa o presidente do partido, Rui Rio, que “deve também ele assumir as devidas responsabilidades das suas opções políticas para Castelo Branco. Os resultados eleitorais não só traduzem essas mesmas escolhas, como sublinham de forma categórica o teor da missiva enviada para o próprio no início do ano”.

“Castelo Branco merecia mais respeito!”, exclama em comunicado a concelhia do partido, assumindo desde já “o seu compromisso de retomar o trabalho político para minimizar este enorme golpe. O PSD tem uma história digna no desenvolvimento do nosso concelho, quando esteve no exercício do poder, mas também quando foi oposição”.

“Queremos voltar a ser uma alternativa forte e credível. É nisso que já estamos a trabalhar. Este é o nosso sincero compromisso com todos os albicastrenses”, revela em comunicado enviado às redações.

O documento começa por lembrar que “em janeiro de 2021, percecionando já nessa altura, uma interferência pouco transparente e até mesmo abusiva da parte da Comissão Política Nacional (CPN), na escolha do candidato à Câmara Municipal, escreveu uma carta ao Sr. Presidente do PSD, Dr. Rui Rio”.

Nessa missiva, como agora é explicado publicamente, “foram claramente manifestadas as preocupações sobre as possíveis consequências eleitorais resultantes de uma escolha feita à revelia do órgão estatutariamente competente para decidir, não obstante da escolha ter sido ainda validada superiormente pela Comissão Política Distrital, mas não acolhendo um diferimento final por parte do líder do partido”.

“Os nossos piores receios, infelizmente, vieram a concretizar-se”, diz a estrutura liderada por Carlos Almeida, acrescentando que “a escolha feita pela CPN, sem qualquer negociação ou auscultação posterior realizada à Comissão Política de Secção, violou os Estatutos do PSD, mas sobretudo, desrespeitou os albicastrenses, privando-os de uma escolha cimentada e alicerçada em protagonistas que trabalharam afincadamente desde as autárquicas de 2017 e que foram completamente votados ao esquecimento por parte do Dr. Rui Rio”. Sinal esse, como diz o mesmo documento, “de um claro desconhecimento da realidade de toda a dinâmica política criada no concelho de Castelo Branco nestes últimos anos e que não se soube aproveitar estrategicamente um cenário eleitoral favorável ao crescimento do PSD localmente”.

Já relativamente aos resultados eleitorais alcançados “não têm precedentes!”, exclama. “Pior que os 11,47% de votos obtidos pela Coligação PSD/CDS/PPM, foi uma redução muito significativa dos nossos eleitos no executivo camarário, de 2 para 1 vereador, de 5 para 3 dos membros da assembleia municipal e da redução em 1/3 do número dos membros nas diversas assembleias de freguesia do concelho”.

“A nossa representatividade e capacidade de influência das decisões dos órgãos autárquicos ficou seriamente abalada”, como é referido, sublinhando-se que “tal realidade só foi minimizada com a vitória da Junta de Freguesia de Monforte da Beira, o que registamos com particular agrado”.

COMENTÁRIOS