D. Antonino Dias apela à partilha com os mais necessitados. Foto Arlindo Homem/ arquivo
O bispo de Portalegre-Castelo Branco anunciou que a renúncia quaresmal deste ano reverterá para dois projetos, um na diocese e outro em Angola.
Segundo D. Antonino Dias metade do valor recolhido será destinado ao Fundo Social Diocesano e a outra para um centro social que acolhe órfãos e crianças desfavorecidas na cidade de Moçâmedes.
Um dos sacerdotes que trabalha atualmente na Diocese de Portalegre-Castelo Branco pertence à diocese onde se encontra esta localidade angolana.
D. Antonino Dias disse que no ano passado a renúncia rendeu mais de 15 mil e 500 euros que foram destinados ao Fundo Social Diocesano, gerido pela Cáritas Diocesana.
A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
D. Antonino Dias cita a mensagem do Papa para a Quaresma 2024, iniciada esta quarta-feira com a celebração das cinzas, alertando que “a usura e a avareza são uma doença do coração, um terrível faraó a escravizar quem se coloca a jeito”.
“A cura mexe com os bolsos, com a carteira. Implica a coragem de renunciar ao supérfluo e até ao que se gostaria de usufruir. Implica a conversão à partilha com os mais necessitados, nuns casos por dever de justiça, por dever de solidariedade noutros casos”, sustenta.
A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).
O bispo de Portalegre-Castelo Branco fala num “tempo de graça para todos”, que ajuda a “avaliar a realidade” de cada um.