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Retratos: Central

JC - 09/02/2017 - 11:53

No Burgo a conversa em torno da Central Atómica de Aguarrás continua a alimentar muitos finais de tarde e muitos plenários partidários. -”De repente todos os partidos se lembraram que o Burgo existe e que a sua área metropolitana está exposta a possíveis contaminações da dita central que se encontra situada no Reino de Castella, a 100 quilómetros de cá”, disse Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, que não entende o toca e foge e o acusa-acusa por parte dos responsáveis partidários. -”O Roseiral apresentou uma moção no Parlamento Lusitano, o Laranjal, que antes governou a Nação, veio logo criticar o facto, acusando o Roseiral de nada ter feito anteriormente, enquanto que os Alfaces e os Vermelhistas se mostraram preocupados”, acrescentou.
-”Como estamos em ano eleitoral a Central Atómica castelhana vai ser usada como arma de arremesso. Toda a gente sabe que a culpa de dita estrutura estar a funcionar é da Nação Lusitana e em particular dos condados que são banhados pelo Rio Tajo. Sim porque eles têm autonomia para ir mandar no país vizinho!”, esclareceu Godofredo, secretário geral da BR.
-”Ai têm?”, questionou Tobias, que escutava atentamente a conversa no Café Beiral, e que não resistiu em meter a sua colherada no diálogo, confuso que estava de tanta coisa ouvir.
-”Não, claro que não!”, respondeu Jeremias, irritado com a confusão que está criada em torno do assunto. -”Do lado de cá, mais do que atribuir culpas a este ou àquele, o que importa é fazermos ouvir a nossa voz na Kapital e na Comunidade do Velho Continente para que Castella reconsidere o prolongamento da vida útil da Central Atómica. Nós não podemos lá ir e fechar aquilo!”, disse.
-”O importante é que se fale, que se critique e se se tiver que acusar alguém, que se acusem todos os governos lusitanos sem exceção, pois a dita central tem 40 anos, mas sobretudo que se pressione Castella e o seu rei para que feche aquela bomba relógio”, concluiu Godofredo, enquanto lamentava o facto de ao longo deste tempo todo todos terem assobiado para o lado e de agora perceberem que as águas do Tajo, que refrigera a Central Atómica, desaguam na Kapital...

 

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