Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, anda a contas com uma crise de gota, segundo o próprio, provocada pelo stress pós traumático relativo à pandemia.
- “Mas, afinal o que é que isso significa?”, perguntou Godofredo, secretário geral da BR, que na manhã de segunda-feira foi degustar, na esplanada do Beiral, o café da manhã com os seus companheiros e camaradas de Brigada.
- “Quando estou muito tempo em casa torno-me chato e impaciente. Para contrariar isso a minha cara metade foi-me mimando com iguarias que fazem bem à alma e às papilas gustativas, mas que me dão cabo do dedo grande do pé direito”, justificou Jeremias, que agora se vê obrigado a deixar o queijo do Burgo, os enchidos da beira e outros que tais, bem fechados no armário da cozinha.
- “Até me consumo, só de pensar o bem que me sabem e a dor que me provocam. Agora tenho que ter juízo e colocar o pé ao alto”, acrescentou.
- “Olha aproveita e põe a escrita em dia”, disse Evaristo, ele que também andou com as maleitas da idade e com uma crise de hemorroidal. - “Também tive que fazer dieta e beber muita água”, esclareceu.
- “É o que dá pertencermos à Brigada do Reumático”, retorquiu Godofredo, que antevê uma primavera quente e um verão escaldante, fruto das eleições que se avizinham no Condado.
- “Essas serão outras dores que a nós não nos afetam. Já demos para esses campeonatos, agora somos apenas Brigada do Reumático”, argumentou Jeremias.
- “Por falar em campeonatos, no Burgo Futebol Clube já trocaram o treinador. Resta saber se ainda vão a tempo para subida de divisão”, concluiu Evaristo que sente falta da bancada do vale do Sameiro…
JC
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