Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Retratos: Desconfinar

JC - 11/03/2021 - 9:35

No Burgo, ainda com o confinamento a ser regra, os burguenses tentam aproveitar o sol que lhes invade a Villa com passeios higiénicos para si próprios e para os canídeos, gatos e piriquitos, que uma ave que se preze deve poder esvoaçar as asas. 
- “Depois de tantas semanas fechados em casa, os nossos concidadãos começam a dar sinais de estarem saturados”, começou por referir o presidente da Brigada do Reumático, para quem é importante manter as medidas de proteção e ter muito cuidado com o maldito vírus corona.
- “Ele ainda anda por aí. Não desapareceu e se a malta se começa a juntar para convívios ou encontros à hora do café, a coisa pode voltar a descambar e nunca mais ultrapassamos isto!”, acrescentou Jeremias, na conversa semanal que mantém com os seus colegas de BR, através da internet.
- “É verdade amigo Jeremias, temos que ter paciência, mas isto não está fácil. Em muitas casas, os filhos aprendem, ao mesmo tempo, por computador - aqueles que têm mais que um -, os pais estão em teletrabalho e, como se não bastasse, a vizinha aspira a casa todos os dias, o que provoca uma intensidade de sons difícil de digerir. É duro! Mas tem que ser!”, referia Godofredo, secretário Geral da BR.
- “Não é fácil, de facto”, retorquiu Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da BR. - “O problema é que o índice de saturação já ultrapassou o de transmissão do maldito vírus. E agora como como os números de contágio baixaram, surge a ideia de que tudo já está bem”, reforçou.
- “O desconfinamento tem que ser feito com conta, peso e medida. Felizmente a questão sanitária está a melhorar, mas a parte económica está uma desgraça. Com os comércios fechados, não há dinheirinho para pagar ordenados, nem para nada. É uma desgraça que está a afetar sobretudo a classe média e aqueles que nunca viveram de rendimentos mínimos adquiridos”, explicou Godofredo.
- “O problema é que isto ainda vai durar e a paciência não é muita. Agora é importante abrir um pouco as medidas restritivas para que gradualmente possamos voltar à vida não normal, mas do dia a dia”, concluiu Jeremias, enquanto lamentava o facto de nem o trotil, o bagaço que é uma bomba, ter capacidade para dar cabo do maldito vírus…
JC

COMENTÁRIOS