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Retratos: Eleições

JC - 28/01/2021 - 9:38

Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, não ficou surpreendido com o resultado das eleições para o Chefe Supremo da Nação Lusitana. - “O Professor venceu sem grande dificuldade. Mas neste ato eleitoral, realizado com o medo da pandemia, os votos ditaram que na segunda posição, em terras do Burgo e na maioria dos Condados do interior do país, Aventura fosse o segundo candidato mais votado”, explicou, na análise efetuada por videoconferência aos seus camaradas e companheiros de Brigada.
- “Foram votos de protesto!”, disse Godofredo, o Secretário Geral da BR, que não esquece as injustiças com que o interior da Nação Lusitana tem sido afetado. 
- “São muitas as razões. Num passado recente as obras que não se fizeram, como a Grande cadeia do Burgo ou a Barragem do Aflito; as portagens na autoestrada do Burgo que se mantêm firmes e hirtas; a falta de solidariedade para quem trabalha e a muita solidariedade para quem não o faz porque não quer; as promessas feitas e não cumpridas; e a falta de paciência de um povo farto de tanta trapalhada”, esclareceu Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da BR.
- “E depois ainda dizem que o povo é burro, como se a democracia não fosse a liberdade de escolha. O que o povo mostrou foi um cartão vermelho a quem anda a brincar à política. A quem não quer olhar para um problema que noutros países já há muito aconteceu e que teve origens semelhantes”, disse Godofredo. 
- “Até a minha vizinha Adalberta, com 80 anos, muitos vividos no tempo da ditadura, me disse que votou no Aventura. Queixa-se da reforma que tem, para a qual descontou uma vida inteira, mas que é inferior ao subsídio que o vizinho que nunca trabalhou recebe e que lhe permite passar a vida no café em momentos de não confinamento”, acrescentou Evaristo.
- “O momento, amigos, exige reflexão. E certamente não é a chamar burros aos que nele votaram que isto se resolve. Nem é a aprovar penas de morte na Grande Casa da Democracia sem que isso mereça discussão e num momento em que cai todos os dias um avião cheio de pessoas com o sacana do vírus… Aprovar a eutanásia às escondidas é um crime. Que os políticos cumpram as promessas e não brinquem com o povo, porque como diz a velha máxima, o povo é quem mais ordena… mas a continuar assim, poderá deixar de ter condições para o fazer…”, concluiu Jeremias.
JC

 

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