Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Retratos: Missão

JR - 27/10/2016 - 9:35

Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, já marcou lugar na feira da azeitona em BemPica, para que nada fique por degustar. Mas a conversa, fruto da divulgação do Orçamento da Nação Lusitana, depressa foi ter ao chamado MASI - Grupo Missionário de Salvação do Interior, cuja sede é no litoral, e cujas medidas continuam a gerar controvérsia, enquanto não forem bem explicadas.
-”Aquilo é tudo do bom e do melhor, para quem vem de fora”, referia Godofredo, secretário geral da BR, aludindo ao facto das empresas que vierem instalar-se no interior da Nação Lusitana não pagarem impostos, ao contrário daquelas que cá estão a lutar pela vida, que vão ter que enfrentar uma concorrência inesperada e desvirtuada. 
-”Aqueles que cá estão, que empregam gente, que têm sido resistentes, enfrentando dificuldades atrás de dificuldades, agora vão ter no mercado empresas concorrentes, que não pagando impostos, vão certamente secar tudo em volta, e muito provavelmente com o apoio da tutela e de quem gere as coisas. Pois o que é de fora é que é bom”, disse Jeremias.
-”Se já agora muitas vezes, tendo cá, vai-se comprar ao litoral sem razão nenhuma, imaginem agora que as empresas de lá vêm para cá e não pagam impostos. Vai ser um forrobodó económico e social”, acrescentou Godofredo.
-”A acrescentar a isto ainda estão as pessoas desempregadas do litoral que, se vierem para o interior, vão receber mais dinheiro do que aquelas que, estando cá, recebem”, explicou Evaristo, do Conselho Fiscal da BR.
A conversa levou mesmo Jeremias a propor a realização de uma Assembleia Geral da Brigada do Reumático, para que seja tomada uma posição. -”Os nossos associados são soberanos. O que decidirem está decidido, mas com este tipo de medidas qualquer dia ainda vêm propor que os reformados do litoral se vierem viver para o interior recebem um dinheiro extra”, explicou o presidente da BR.
-”E depois ainda dizem que é para ajudar quem cá está, olha se não fosse...”, concluiu Godofredo, ainda baralhado com tamanhas aberrações, que nem o copinho de jeropiga faz esquecer...

 

COMENTÁRIOS