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Ideias & Factos: Os leprosos de hoje

Agostinho Dias - 14/01/2021 - 10:35

Sempre que o Mundo foi assolado por doenças contagiosas foram tomadas medidas, por vezes desumanas, para evitar a sua propagação. Lembro o que se passava com os leprosos em Israel no tempo em que Cristo viveu: tinham de tapar a cabeça até à boca, viver fora das localidades em sítios isolados, e se viam alguém gritar dizendo leproso! leproso! para que as pessoas não se aproximassem. 
Nos tempos mais humanizados que vivemos, às vezes, dá-nos a impressão que há quem queira voltar aos dias da lepra e excluir da sociedade todos os que estão infetados com Covid. Chega-se ao ponto de os denunciar às autoridades sanitárias para que determinassem o seu isolamento. É certo que se, se trata de pessoas que, por estado, ou profissão, têm de conviver com outros seres humanos com frequência, isso até se compreenda. Mas notámos às vezes um exagero acusando outros de estarem infetados sem qualquer fundamento. É certo que não chegamos ao ponto de os abandonar em locais desertos, onde não se possam encontrar com ninguém; há no entanto certas exigências de quarentena que nos cheiram a estes fundamentalismos. A atitude de Cristo no evangelho foi sempre a de acolher estes doentes, confortá-los e até curá-los com o seu poder miraculoso. Tem de ser essa atitude dos nossos trabalhadores da saúde e segurança social, mesmo pondo-se em risco de contágio com todas as precauções como agora a da tomada da vacina. Isto não invalida o cumprimento de todas as normas sanitárias por parte dos que têm que laborar com os infetados por profissões ou, por serem da família.
Ninguém pode ser abandonado por estar doente, e todos têm o direito a serem devidamente tratados…

 

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