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Retratos: Votar

JC - 21/01/2021 - 9:38

Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, pediu para votar antecipadamente. - “Pensei que haveria menos confusão, mas afinal houve muitos burguenses a terem a mesma ideia, pelo que ainda tive que esperar uns largos minutos para cumprir o meu dever cívico”, disse na conversa das segundas-feiras, esta semana em modo de videoconferência, com os seus colegas de BR.
- “Pelo menos estava o tempo bom!”, retorquiu Godofredo, secretário geral da Brigada, que só no domingo vai colocar a cruz no candidato ou candidata.
- “E tiveste que levar a caneta e a máscara?”, questionou Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da BR, para fazer conversa.
- “Claro!, levei a caneta, o bagaço para desinfetar as mãozinhas e a máscara para me proteger a mim e aos outros”, esclareceu Jeremias, que no processo também foi acompanhado pela sua cara metade. - “Cada um votou como quis e cumprindo todas as regras e etiqueta”, acrescentou.
- “Pois eu vou lá no domingo, que considero que devo cumprir o dever cívico. Todavia, acho que as eleições deveriam ter sido adiadas ou antecipadas para a altura do natal, pois nesse período ninguém confinou. Agora, com mais de 10 mil contágios por dia é que nos dizem para irmos para filas e afins, sem sabermos se quem está à nossa frente está tão infetado como quem está atrás de nós!”, disse Evaristo.
- “Pois, mas isso nunca poderia ser, pois vinham logo os arautos da razão, a dizer que se estava a por em causa a democracia. Como se antecipar as eleições ou adiá-las para março colocaria alguma coisa em causa. Mas é melhor assim! Recolhem-se os votos nos lares, com todas as dificuldades e perigos de saúde que isso acarreta e no domingo vamos sair à rua num dia assim. Uma coisa eu sei, se me convocassem para uma mesa eleitoral eu não aceitava!”, disse Godofredo.
- “E nós que fizemos parte de tantas, quando esse trabalho não era remunerado e nem a sandes de presunto nos pagavam, quanto mais o copo de três. Bons tempos esses, em que as discussões eram sobre ideais e não sobre partidos clubísticos ou, como sucede agora, sobre a maldita pandemia cujos especialistas proliferam nas redes sociais a uma velocidade superior do que a vacina nos há-de chegar…”, concluiu Jeremias.

 

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