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Sagrado Criptojudeu, Orações e história

Reconquista - 28/09/2022 - 11:55

A docente universitária Antonieta Garcia acaba de apresentar o seu novo livro “Sagrado Criptojudeu – Orações”. A obra recupera muita da oralidade da comunidade da região.

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A apresentação decorreu no Fundão. Foto: Paulo Pinheiro | RCB

Antonieta Garcia, investigadora e docente universitária, apresentou na passada sexta-feira, na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão, a sua mais recente obra “Sagrado Critptojudeu – Orações”. O livro constitui um importante contributo para a história e património cultural e religioso da região e do país, onde de forma sustentada se refere, entre outros aspetos, à importância das preces e orações na comunidade, o papel da oralidade neste processo, e as semelhanças entre religiões.

A apresentação do livro, editado pela RVJ Editores, foi presidida pelo presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que sublinhou a importância da obra, tendo contado com a presença do editor, João Carrega, que destacou a extensa obra da autora, referindo que “Antonieta Garcia é uma referência nacional na investigação desta temática, acrescentando que “este livro será utilizado por outros investigadores para futuros estudos”.

O livro inclui um conjunto significativo de orações, algumas das quais lidas por Adelino Pereira ao longo da cerimónia. A apresentação do livro foi também uma aula de Antonieta Garcia sobre um tema que lhe é muito caro e que prendeu a atenção dos muitos amigos que encheram o auditório da biblioteca.

Antonieta Garcia explica que em preces transcritas no livro “sobressai a ligação a textos da tradição oral, a narrativas bíblicas que veiculam doutrinas, preceitos e princípios éticos”. A autora revela que “as orações desvelam o vínculo entre religiões”. Além disso, “as preces divulgaram e perpetuaram velhas tradições, e normas gerais de religiosidade. Tornar estável, durável, a palavra de Deus equivale a arquitetar / construir uma práxis concebida como modelo. O homo religiosus anseia viver em plena comunhão com o divino, regular o caos, proteger-se de males. Palavras ditas, meditadas, individualmente, ou em Assembleia, testemunham uma fé, são atos de adoração”.

A sessão incluiu ainda a leitura de orações e a projeção de um documentário sobre o tema.

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