Maria de Jesus comemorou no passado dia 13 de dezembro 100 anos. Para assinalar a data reuniu a sua família mais próxima, três filhos, cinco netos e três bisnetos numa festa que assinalou o seu século de vida.
O momento foi também assinalado com a publicação de um pequeno livro, onde está contada a história da mulher que nasceu em Casal da Fraga, São Vicente da Beira, e que hoje faz a sua vida normal, com total independência, como nos revela o seu filho, Francisco Santos.
No livro, Maria de Jesus, conta alguns períodos da sua vida, e a terminar lembra que “sempre fui feliz, só tive pouca sorte que o meu homem (José Santos, conhecido por José alfaiate) morreu com 95 anos”.
Maria de Jesus teve uma vida de trabalho. Aos 10 anos, ainda criança foi “servir para a casa de uma senhora que estava à espera de um segundo filho, na Covilhã”, como revela no livro. Ali esteve até aos 14 anos, regressando depois à aldeia onde aprendeu a arte de alfaiate e onde, mais tarde, aos 19 anos, viria a casar. Uma vida de trabalho, entre o cuidar da casa e o trabalho com o marido, na alfaiataria. Sim, porque como revela, naquele tempo “os alfaiates tinham sempre que fazer…”. É que “dantes não se vendia nada, então tinha de se mandar fazer”. Maria Jesus fala de um tempo em que “não havia guarda republicana, não havia nada. Aqui havia o regedor. Ele era o senhor João Ribeiro e tinha dois cabos de ordem. Um era o meu homem…”, recorda no livro que a família lhe dedicou.
PARABÉNS!