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Scutvias: PCP acusa concessionária de desmantelar serviços com despedimentos

Reconquista - 04/07/2017 - 11:49

Para o PCP o Estado deveria ter acautelado os direitos dos trabalhadores que estão a ser despedidos quando fez a renegociação do contrato com a Scutvias.

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O PCP encontrou-se com funcionários da empresa sedeada na Lardosa. Foto arquivo Reconquista

O Partido Comunista Português diz que os despedimentos em curso na Scutvias estão a atingir não apenas os trabalhadores mas também a segurança de quem circula na autoestrada da Beira Interior.

O Reconquista noticiou em primeira mão que a empresa concessionária da A23 está a avançar com despedimentos no âmbito de um processo de reestruturação, posto em marcha poucos meses após a mudança no acionista maioritário e a entrada de uma nova administração.

Os dirigentes do PCP em Castelo Branco estiveram recentemente na empresa sedeada na Lardosa para obter mais informações junto dos trabalhadores mas regressaram com poucas certezas quanto ao processo.

“Os trabalhadores não estão muito por dentro do que se passa. Apenas lhes falam que vai haver uma reestruturação”, disse ao Reconquista Ana Maria Leitão.

Na opinião da dirigente comunista, que é também candidata à Câmara Municipal de Castelo Branco, “os trabalhadores estão a perder o trabalho e os utentes da A23 estão a perder segurança, porque tínhamos lá pessoal altamente especializado, com formação muito específica no socorro e na prevenção, e neste momento de certeza que vamos perder qualidade do serviço”.

Segundo o PCP não é assumido que esse trabalho passou a ser feito por empresas externas.

Quanto ao número de trabalhadores que vão perder o emprego com este processo “nós calculamos que ainda há umas duas dezenas para sair, o que num concelho como o nosso é dramático”.

Ana Maria Leitão aponta responsabilidades à renegociação do contrato de concessão “feita à pressa pelo anterior Governo (PSD-CDS), que estava de saída, e daqui resultou esta aglomeração das empresas na Globalvia, com um acrescimento para o orçamento do Estado de 700 milhões de euros, o que não é coisa pouca”.

A dirigente comunista diz ainda estranhar o silêncio dos deputados do PS e PSD eleitos por Castelo Branco, bem como do presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.

O grupo espanhol Globalvia, que já era acionista da empresa, passou a controlar a mesma depois de ter adquirido as ações detidas pela construtora portuguesa Soares da Costa.

A administração mudou no final de fevereiro, com a entrada de um novo diretor-geral.

Para além da Scutvias a Globalvia ficou ainda com o controlo da MRN, que se dedica à manutenção rodoviária; e da Portvias, que faz a gestão do sistema de cobrança de portagens.

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