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Educação Cristã: Nota pastoral para a semana nacional

Reconquista - 14/10/2021 - 10:04

A Igreja, no Concílio Vaticano II, é apresentada como “Povo de Deus” em que todos os membros são enriquecidos com dons ou carismas do Espírito Santo para participar ativa e responsavelmente na missão.

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A Igreja, no Concílio Vaticano II, é apresentada como “Povo de Deus” em que todos os membros são enriquecidos com dons ou carismas do Espírito Santo para participar ativa e responsavelmente na missão. Esta imagem renovada da Igreja implica necessariamente um estilo sinodal, como tem recomendado o Papa Francisco, desde o início do seu ministério petrino: “Importante é não caminhar sozinho, mas ter sempre em conta os irmãos e, de modo especial, a guia dos bispos” (EG 33).

No cinquentenário da instituição do sínodo dos bispos (17 de outubro de 2015), insistiu nesta opção: “O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão. O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio”. Aquilo que o Senhor nos pede, de certo modo, está já tudo contido na palavra sínodo: caminhar juntos.

A necessidade de unir e conjugar esforços faz-se sentir de forma especial no campo educativo. Nesse sentido, o Papa Francisco lançou, em 12 de setembro de 2019, um convite para um encontro mundial em ordem a «Reconstruir o pacto educativo global», afirmando: “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. Citou a propósito um provérbio africano: “para educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”.

Mas essa aldeia, acrescentou o Papa Francisco, temos de a construir como condição para a educação.

Este desafio da aliança educativa e da pedagogia sinodal interessa grandemente aos educadores cristãos.

Em vez de cuidar apenas do seu grupo, precisam de ser promotores da “aldeia global” integrando e conjugando a sua atividade com todas as forças envolvidas no processo educativo: família, escola, associações desportivas e culturais, catequese e atividades da paróquia, Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), escola católica e outras.

Cada uma destas instituições precisa de conhecer, apoiar e unir os seus esforços a todas as outras. De facto, assistimos ao emergir de uma época diferente que não se coaduna com as perspetivas fechadas e exclusivistas de algumas forças políticas ou sociais.

A pandemia fez vir ao de cima a interdependência e a urgência de colaboração de todas as componentes sociais. Precisamos de caminhar para um novo modelo cultural que realce a solidariedade, o valor da transcendência, a liberdade e dignidade de todas as pessoas e a fraternidade social; um modelo que eduque para a capacidade de viver em relação com os outros e de cuidar da casa comum. São recomendações insistentes do Papa Francisco que um educador cristão não pode deixar de valorizar em ordem a encontrar caminhos novos para uma educação integral.

 

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