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Senhora de Mércoles: Multidão encheu o santuário

Lídia Barata - 05/05/2022 - 8:00

O Santuário de Nossa Senhora de Mércoles encheu-se de fiéis à tradição, devotos daquela que, mesmo não o sendo, passaram a chamar de padroeira.

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D. Antonino Dias presidiu à celebração solene

A Senhora de Mércoles impôs-se à Senhora do Rosário como padroeira de Castelo Branco, mantendo um lugar cativo no coração dos fiéis que terça-feira, dia 3 de maio, feriado municipal, voltaram a encher o recinto do Santuário, na celebração solene que este ano contou com o bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.

D. Antonino Dias presidiu à missa campal que marcou o regresso desta tradicional romaria ao seu formato normal, com a presença de largas centenas de romeiros, ávidos por este retorno.

A festa da Senhora de Mércoles coincidiu com a celebração litúrgica dos apóstolos Filipe e Tiago, com as leituras do dia a destacar os verbos “ver, conhecer e crer”, conjugados de modo a provocar nos cristãos uma reflexão sobre o modo como vivem a sua fé e o modo como acreditam em Deus, mesmo sem o ver no sentido físico do termo. D. Antonino Dias reitera que só se pode ver a identidade divina de Jesus “com os olhos do coração”.

O prelado explicou que “o andar de cima” ao qual os discípulos subiram e que é referido na liturgia do dia, se refere “ao lugar do silêncio, do recolhimento, da oração”, um lugar onde todos são convidados a “subir”, no sentido de repensar o modo como vivem a fé. “Jesus é o rosto humano de Deus. Quem o vê, vê o Pai e quem o conhece, conhece o Pai. Mas este ver não é físico, nem o conhecimento é intelectual”, reitera.

D. Antonino destaca que “muitos vivem esta fé, mas sem perceber que o ponto central desta fé é a ressurreição de Cristo”. E questiona: “será que acreditámos verdadeiramente em Jesus, na sua presença entre nós? Ou quando respondemos: Ele está no meio de nós…é só conversa? É só blá blá? Ou é um verdadeiro ato de fé? Acreditamos sem ver? Aceitamos Jesus como o caminho que nos leva ao Pai? Este é um desafio constante para todos nós. Ver no oculto com os olhos do coração”.

por isso preciso fazer este exercício, refletir sobre a vivência da fé, subindo ao “andar de cima”, para “fazer silêncio e oração” e, desse modo, entender que “o Senhor toca-nos no ombro, não nos obriga. Apenas faz a proposta: Anda daí!”.

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