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Sínodo: Igreja procura redescobrir a sua identidade

Lídia Barata/José Furtado - 21/10/2021 - 8:00

VÍDEO Todas as dioceses do mundo vão refletir sobre a identidade da Igreja e o caminho a seguir. Portalegre-Castelo Branco já está iniciou o processo.

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O arranque dos trabalhos na Diocese foi feito no Cine Teatro

O Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, recebeu domingo, dia 17 de outubro, a abertura do processo sinodal, presidida por D. Antonino Dias, bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco. O Papa Francisco marcou o arranque da assembleia sinodal no Vaticano, a 9 e 10 de outubro, sendo a primeira vez que “todo o povo de Deus” é chamado a participar num sínodo.

O processo decorre até outubro de 2023, sob o tema “Para uma Igreja Sinodal: participação e missão”. A Secretaria Geral do Sínodo publicou as orientações, a partir das quais as comunidades farão a reflexão e debate sobre a identidade da Igreja. “Esta não é uma operação de cosmética eclesial, para mostrar que somos politicamente corretos, mas sim para vincar uma identidade”, afirmou o bispo diocesano, acrescentando que a sinodalidade é parte integrante da Igreja e desenvolve-se em diversos planos, nomeadamente o plano do estilo (forma como a Igreja atua); o plano das estruturas e processos eclesiais (como se manifesta a nível local, regional e mundial); e o plano dos processos e eventos sinodais (quando a Igreja é convocada para refletir), que se articulam entre si.

As novas linguagens de fé, de renovados percursos”, afirma o prelado, que recorda “a evangelização não é um tema para peritos, mas para todos”, pois “é a boa novas e as notícias não se ensinam, transmitem-se, de modo a que todos entendam”.

Por isso, “Deus não dispensa ninguém deste processo”, onde é preciso “deixar para trás preconceitos e estereótipos” e ter tempo para a partilha, humildade de escutar, coragem de falar, de conduzir ao diálogo, abertura à conversão e à mudança ou ser inclusivo. O processo sinodal mais não é que “um exercício de discernimento”.

Ao mesmo há tentações a evitar, como sejam, ser o guia de nós mesmos em vez de nos deixarmos guiar por Deus; concentrarmo-nos em nós próprios ou nas estruturas; ver apenas problemas; ter um olhar que não ultrapassa os limites visíveis da Igreja; perder de vista os objetivos do processo sinodal; o conflito da divisão; tratar o sínodo como uma espécie de parlamento; ou escutar apenas os que já estão envolvidos nas atividades da Igreja. Tentações que implicam desafios e às quais D. Antonino acrescenta a tentação da preguiça, “de pensarmos que isto é só com o outros”, quando “é com todos”.

O padre Amândio Mateus é o delegado sinodal, que vai coordenar este processo na Diocese, reunindo com os grupos de trabalho e recolhendo todas as informações para compilar no documento final.

No terceiro momento desta sessão coube ao padre Nuno Folgado, secretário diocesano da pastoral, fazer um balanço do Plano Pastoral.

 

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