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Superação: Fez toda a EN2 a pé…

Artur Jorge - 04/08/2020 - 21:11

Em 2019 João Serra tinha ligado Chaves a Faro de bicicleta e feito a Maratona do Deserto do Sahara. Agora regressou à “route 66 portuguesa” para a cumprir a correr.

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Albicastrense João Serra cumpre mais uma vez a mítica EN2. Desta vez a pé.

Feita! O albicastrense João Serra, que durante vários anos presidiu ao Desportivo de Castelo Branco e, mais recentemente, foi mentor de um projeto de futebol feminino (Beira Baixa United), cumpriu a icónica EN2 a correr em … 12 dias. Partiu de Chaves às 15h00 de 11 de julho e atingiu o derradeiro marco quilométrico em Faro (738km) às 14h45 do dia 23.

Catorze meses depois de ter percorrido a ‘route 66’ portuguesa – numa analogia com a famosa estrada americana – de bicicleta (em menos de quatro dias), João Serra palmilhou de fio a pavio os extremos de Portugal. Por onze distritos e 35 concelhos. “Desta feita foi muito mais duro”, confessa ao Reconquista. Ao km238, em Penacova, viu a primeira placa a sinalizar Castelo Branco, num daqueles blocos de cimento que nos remonta aos idos de sessenta e setenta do século passado.

A folha de serviços anota grandes desafios. Ainda em novembro tinha cumprido a Maratona do Deserto do Sahara. A pandemia de Covid-19 impediu-o de fazer o Portugal Countryside (1000 km pelo interior do país em 14 dias), mas a relação desafiante com a superação levou-o, de novo, à EN2. Todavia num registo mais exigente.

“A correr é muito mais duro. São muitos dias sozinho, em total autonomia. Desgasta não só física como psicologicamente. Muitos quilómetros sem ver ninguém!”. Fê-lo debaixo das altas temperaturas de julho. “Tive dois dias muito difíceis devido ao calor, na zona do Sardoal e, no dia seguinte, em Montargil. Mas a etapa mais complicada foi a Serra de Góis”.

Os incentivos que ia recebendo das pessoas com quem se cruzava constituíam alento para a jornada seguinte, bem como “os gestos calorosos dos motards”.

NADAR João Serra descobriu este lado mais aventureiro a partir dos 50 anos. E não vai ficar por aqui. Em 2021, para além de ir fazer na UBI o doutoramento em gestão, conta então realizar o Portugal Coutryside 1000, entre Miranda do Douro e Monte Gordo.

E – pasme-se – tem em mente um desafio ainda maior. Extremo. “Tentar fazer a nado a costa portuguesa, de Caminha a Vila Real de Santo António”. Uff

E depois… abrandar! “Os 60 aproximam-se”, conclui.

COMENTÁRIOS

jmarques
à muito tempo atrás
Este beirão é como o granito, bem rijo e moreno.
Tem obra, não como "alguns" que é só conversa fiada.