As lamas vão ser armazenadas num antigo areal. Foto arquivo Reconquista
O Ministério do Ambiente diz que a escolha de um terreno próximo das Portas de Ródão para receber provisoriamente as lamas extraídas do fundo do rio Tejo não choca com a lei que classifica e protege o Monumento Natural das Portas de Ródão.
A Quercus de Castelo Branco acusou na quinta-feira a Agência Portuguesa de Ambiente de pretender “aspirar 30.000m3 de resíduos diretamente do fundo do rio depositando-os na margem direita, num terreno privado dentro da área protegida do Monumento Natural das Portas de Rodão”.
Segundo os ambientalistas as lamas poderiam conter metais pesados e hidrocarbonetos.
O ministério nega e garante que as análises realizadas a essas lamas “não detetaram a presença de substâncias perigosas, ou seja, de metais pesados, pesticidas ou outros. Assim sendo, o material a extrair do rio Tejo, nestes locais, é considerado não perigoso, não representando, assim, qualquer perigo o seu acondicionamento temporário para posterior envio para destino final”.
As lamas que forem extraídas do fundo do rio vão ser colocadas provisoriamente num terreno com cinco hectares, um antigo areeiro localizado a jusante da ponte de Vila Velha de Ródão que segundo o ministério “reunia cumulativamente os requisitos indispensáveis à operação de limpeza das lamas”, como a proximidade do local de extração, a distância das habitações ou a facilidade de acesso a camiões.
A intervenção “terá uma duração estimada de oito meses” e após os trabalhos “serão reconstituídas na íntegra as condições preexistentes à intervenção”.
A “Operação Tejo 2018” pretende extrair cerca de 30 mil metros cúbicos de lamas no fundo do rio Tejo, dos quais cerca de 12 mil junto à zona envolvente do emissário de Vila de Velha de Ródão.
Os restantes encontram-se na zona do cais do Conhal e a montante da barragem do Fratel.
É cada vez mais difícil acreditar em politicos e a sua credibilidade continua a baixar.