Partículas de areia provenientes do norte de África estão na base do ambiente que se verifica na região com mais intensidade desde o raiar do dia desta terça-feira.
"Está a ocorrer o transporte de poeiras sobre o território continental devido a um fluxo de sul induzido pela depressão Célia. As poeiras em suspensão, oriundas do norte de África, atingiram a Península Ibérica prevendo-se que persistam até ao fim do dia 17, quinta-feira", informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os efeitos mais visíveis "são a alteração da cor do céu visto que as poeiras estão normalmente acima da superfície, embora dependendo da sua concentração possam atingir níveis mais baixos com implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde", escreve a mesma fonte.
As poeiras podem também chegar por via da chuva mas segundo o IPMA "esta situação é mais provável na região sul nos dias 15 e 16 de março".
O fenómeno que pode provocar uma “chuva de barro” começou no deserto do Saara com o vento que levantou as partículas de pó e a sua chegada à Península Ibérica teve a ajuda da tempestade Célia, de acordo com a explicação da Agência Estatal de Meteorologia de Espanha, congénere do IPMA.
😲 Impresionantes las imágenes que nos llegan hoy de la #calima, por ejemplo, en #Murcia. Pero...
— Arnaitz Fernández (@Armeteo) March 14, 2022
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O céu alaranjado e o aparecimento de poeira muito fina que se verifica sobretudo na superfície das viaturas são a face mais visível desta situação, que começou por afetar o sul de Espanha mas que também chegou a várias regiões de Portugal.
A quantidade de poeira no ar impede que a partir da cidade de Castelo Branco seja visivel a serra da Gardunha e outras zonas em redor.
Poeira fina é visível na superfície das viaturas. Foto Reconquista
Notícia atualizada às 15H00 com a informação do IPMA