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Tinalhas: Depois do "Ah! Que se cha" chegam as Janeiras

Lídia Barata - 12/01/2023 - 8:00

A véspera do Dia de Reis, voltou a ser de grande animação na aldeia de Tinalhas. Desde cedo a sineta da capela do Espírito Santo começou a ser tocada, a lembrar a todos que era dia de festa.

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O evento continua a atrair naturais, residentes e outros visitantes

A quinta-feira, dia 5 de janeiro, véspera do Dia de Reis, voltou a ser de grande animação na aldeia de Tinalhas. Desde cedo a sineta da capela do Espírito Santo começou a ser tocada por quem ali passava, a lembrar a todos que era dia de festa.

O ponto alto voltou a ser após o jantar, quando residentes, naturais e outros visitantes se reúnem no largo do Espírito Santo para, divididos em dois grupos (tradicionalmente o dos solteiros e o dos casados), darem corpo ao Cortejo de Reis, que percorreu as ruas de Tinalhas, entoando o cântico próprio deste evento, com os versos a ser cantados alternadamente pelos grupos, acompanhados por músicos (executantes e ex-executantes) da Sociedade Filarmónica de Tinalhas.

 

O cortejo é guiado por um candeeiro que simboliza a estrela

 

Esta é uma tradição de raiz popular, cuja origem se perde no tempo e que envolve toda a população, contando com o apoio da Junta de Freguesia e a organização da Ergamus – Associação de Dinamização e Salvaguarda Patrimonial de Tinalhas.

No final, ao redor do madeiro, foram distribuídas filhós, vinho e uma bebida quente pelos presentes, que continuaram a confraternizar noite dentro.

Mas a tradição do primeiro mês do ano não se fica pelo “Ah! Que se cha…”, esta tradição secular que continua a unir todos os tinalhenses, estando por isso lançado o novo desafio, para o dia 21, às 21H00, para o não menos tradicional “Cantar das Janeiras”.

 

Esta é a tradição que encerra a quadra natalícia na aldeia

A Ergamus tem mantido estas tradições populares, envolvendo todos quantos nelas queiram participar. Nos anos anteriores, o produto realizado com as Janeiras tem sido aplicado em melhoramentos de alguns espaços da aldeia, como por exemplo, no estofar dos bancos da capela do Espírito Santo, que é casa mortuária, mas também serve de apoio logístico ao “Ah! Que se cha…” e à compra de aquecedores, também em equipamentos para o pavilhão multiusos do recinto da Rainha Santa Isabel ou o ambão em granito para a Igreja Matriz de Tinalhas.

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