Ultramaratona não dispensa passagem pela aldeia mais portuguesa
Quase meia centena de ultramaratonistas já confirmaram a sua participação numa das maiores distâncias de corrida do mundo, que vai decorrer em agosto (18 a 21) no distrito de Castelo Branco. Vêm da Argentina, Brasil, França, Holanda, Estados Unidos, Uruguai e uma grande armada de espanhóis.
Os 281 km que constituem a PTU (Portugal 281 Ultramarathon), o calor intenso e seco e o enorme declive final fazem desta prova, segundo o vencedor do ano passado, o consagrado João Oliveira, "uma das mais difíceis do planeta".
Em 2015, na primeira tentativa de concluir o desafio, partiram 16 ultramaratonistas de países como Brasil, Argentina, Estados Unidos e, naturalmente, portugueses. Terminaram apenas seis e venceu um bravo lusitano, o flaviense João Oliveira com pouco mais de 44 horas de prova.
A prova é toda ela uma descoberta de um novo mundo para a maioria dos participantes. A largada será dada no castelo de Belmonte, terra de um dos maiores navegadores portugueses: Pedro Álvares Cabral. Uma largada que empresta um forte carisma à prova e outra motivação para estes guerreiros desbravarem novos trilhos até Proença-a-Nova.
Os atletas vão ter de passar por Sabugal, Penamacor, Monsanto, Penha Garcia, Idanha-a-Nova, Lentiscais e, por fim, há ainda a indecisão entre trilhos de Vila Velha de Ródão ou a passagem pela capital de distrito, e daí seguir rotas que os levem a Sarzedas, Alvito, Sobreira Formosa e Proença-a-Nova.
A Portugal Ultramarathon para além de ser uma das maiores distâncias do mundo é também pioneira no uso de equipamentos de navegação e rastreamento. Foi a primeira ultramaratona no mundo a usar como única forma de navegação o GPS.
Na organização está a Horizontes de Proença-a-Nova. Para esta edição são mais os participantes estrangeiros que nacionais. Partida às 18H00 do dia 19 de agosto e previsão de chegada do primeiro a Proença-a-Nova entre 26 a 40 horas após a saída.