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V. V. Ródão: Prova mundial de motonáutica num ‘plano de água único’

Artur Jorge - 31/07/2019 - 16:37

As potentes embarcações de F2 prometem espetáculo de nível elevado a 7 e 8 de setembro. Presidente da FPM rendido ao plano de água do rio Tejo.

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Paulo Ferreira, presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica, ladeado dos autarcas locais

“Um plano de água único”. Foi com esta ilação que Paulo Ferreira, presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica, convenceu as estruturas internacionais a entregarem a Vila Velha de Ródão uma competição de elite da modalidade: as máquinas aquáticas na categoria de F2 vão acelerar nas águas do Tejo de 6 a 8 de setembro.

Esta competição do calendário da UIM (União Internacional de Motonáutica) vai trazer a Vila Velha de Ródão a potência dos “fórmulas” do segundo patamar hierárquico da especialidade. Barcos de competição que atingem altas velocidades. E a pista beirã é propícia a explorar toda a velocidade das melhores embarcações internacionais: “A reta de partida pode levar as embarcações a atingirem o limite dos 180 km/h”, destacou o líder federativo na apresentação do “Grand Prix”, num périplo sobre as águas do maior curso de água que rasga o território nacional.

Paulo Ferreira não tem dúvidas da excelência do circuito rodense: “Não há outo local como este em Portugal para provas de motonáutica. O traçado é fabuloso”. Por isso, projeta já para 2020 a possibilidade do Campeonato da Europa se realizar na área geográfica de jurisdição das Portas de Ródão, o que a acontecer quebrará um hiato de duas décadas sem Europeu no nosso país.

Os craques da velocidade vão debitar cavalagem no início de setembro. Entre os quais os integrantes da equipa Abu Dhabi, umas das que “não tem limite de orçamento” para estar na linha da frente. É entre os tubarões da modalidade, num total de 17 embarcações, que o português Duarte Benavente vai gravitar. O vice-campeão europeu de 2018 tem uma máquina à altura, mas o líder federativo reconhece que “o nível competitivo é elevado” e que o perfil rápido do percurso poderá não o favorecer. A estrela da prova será, seguramente, o campeão europeu Edgaras Riabko.

Paulo Ferreira não tem dúvidas que este é um investimento com retorno. Não só para Vila Velha de Ródão, como para os concelhos limítrofes. Até porque, com o Campeonato Mundial em Baião uma semana depois, “pilotos, estruturas e acompanhantes, vão estar dez dias no nosso país”.

Três anos depois as provas de motonáutica estão de regresso a Vila Velha de Ródão. A pompa e circunstância da apresentação do F2 constituem o espelho da relevância deste evento de alta competição. O autarca anfitrião antevê uma jornada de excelência nas “terras de oiro”, mercê da relação umbilical que o território tem com o rio Tejo. “O entusiasmo com que o presidente da FPM, um especialista neste desporto, fala das condições que encontrou aqui, transmitem-nos confiança no sucesso da aposta”, disse Luís Pereira. Fazer interagir esta prova do calendário internacional com o Festival das Sopas de Peixe é, no entender do presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, um veículo promocional forte e de afirmação do concelho com o rio e com a história que dele emerge.

 

 

Bom peixe do rio dá mote a festival

O Grande Prémio de Motonáutica integra o programa do Festival das Sopas de Peixe, a 7 e 8 de setembro. Há seis anos que Vila Velha de Ródão promove este certame gastronómico, alicerçado no “peixe dos nossos rios”, como referiu o autarca Luís Pereira. Serão dois dias de gastronomia tradicional e de “um programa cultural diversificado, no âmbito do Cultural para Todos, da Comunidade Intermunicipal”. A presença das embarcações de competição garante “um potencial reforçado” ao evento, como salientou o presidente da Câmara.

Gisela João e a Banda viseense Hi-Fi são cabeças de cartaz na animação musical.

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