Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Leitores: O Liberalismo funciona e faz falta

Grupo de Coordenação Local do NT da Iniciativa Liberal de Castelo Branco - 21/12/2023 - 9:36

Na pretérita edição do Reconquista foi publicado um artigo de opinião sob o tema “O alastrar do neoliberalismo” que, sem referir factos, adverte para aquilo que descreve como perigos do neoliberalismo.

Partilhar:

Na pretérita edição do Reconquista foi publicado um artigo de opinião sob o tema “O alastrar do neoliberalismo” que, sem referir factos, adverte para aquilo que descreve como perigos do neoliberalismo e o faz em jeito de alerta para políticas liberais, apontando o dedo à Iniciativa Liberal para concluir que o liberalismo gera desemprego, pobreza, impostos elevados e desproteção social. Com o devido respeito pelo seu autor, entendemos que não podia estar mais errado e que o seu texto contém os típicos mitos sobre o liberalismo propagados pelas ideologias partidárias que se sentem ameaçadas pelo sucesso das políticas liberais. Por esse facto, convidamos o leitor a refletir connosco. De acordo com o mais recente relatório de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas, os 10 melhores países do mundo para viver, aqueles e m que os cidadãos têm maiores rendimentos, mais liberdades individuais, maior esperança e qualidade de vida são, por ordem: Suíça , Noruega, Islândia, Hong Kong, Austrália, Dinamarca, Suécia, Irlanda, Alemanha e Paíse s Baixos. 
Muitos deles, nomeadamente a Suíça , a Irlanda e os Países Baixos são também alguns dos países que atualmente mais recebem os jovens emigrantes que partem à procura do que não conseguem obter em Portugal: Bom emprego e boas condições de vida. 
Ora, o que é que estes países têm em comum? Em todos eles, sem exceção, o peso das ideias liberais na política das últimas décadas é dominante. São economias e sociedades liberais! 
E, contrariamente aos temores demonstrados no referido artigo, em todos eles, o peso do investimento público na saúde e na educação é maior do que em Portugal, apesar de as suas economias contarem com muito menos intervenção do Estado. 
Mas vejamos dados mais concretos: Ainda no artigo adverte-se para o facto de que as políticas liberais têm como um dos seus objectivos a “ redução dos preços e dos salários”. Concordamos inteiramente com parte desta afirmação pois um dos principais benefícios de mercados livres e da livre concorrência é a inevitável descida dos preços que tem como grandes beneficiados todos nós, os consumidores. Discordamos totalmente com a outra parte. Em proposta alguma da Iniciativa Liberal ( IL) foi defendida a redução dos salários. Bem pelo contrário. Uma das principais bandeiras da IL é a descida do IRS que, se fosse aceite pelos outros partidos, levaria, inevitavelmente, a que fossem pagos menos impostos sobre os salários e, consequentemente, ao seu aumento generalizado. Outra proposta da IL, para aumentar o rendimento dos trabalhadores, foi a criação de um complemento ao salário de até 250 euros, pago pelos empregadores que o decidirem fazer, livre de impostos para ambos, para compensar a perda do poder de compra e atenuar as despesas acrescidas com a habitação. 
Qual foi o resultado destas duas propostas? Ambas chumbadas n a Assembleia da República por partidos “ não liberais”. 
Em Portugal, neste momento, um aumento de 100 euros, num salário de 1100 euros brutos mensais, mais de metade desse aumento vai diretamente para o Estado ao invés do bolso do trabalhador. Não será esta política fiscal socialista que realmente serve de barreira a o aumento dos salários? Esta política fiscal, de elevados impostos, é defendida, pelos partidos da ala centro esquerda, com a necessidade de financiar o estado social e os serviços públicos, argumentando que a parcimônia fiscal liberal põe em causa esse mesmo estado social e os serviços essenciais a serem prestados pelo estado aos cidadãos. Ora analisemos o estado dos nossos serviços públicos, financiados pela altíssima carga fiscal sobre os nossos ombros. Urgências constantemente fechadas que obrigam os utentes a deslocarem-se quilómetros e quilómetros até conseguirem encontrar urgências abertas. Longas filas de espera para marcação de consultas, muitas delas urgentes e muitas delas com listas de espera de anos. Serviços públicos lentos, com processos longos e demorados, ineficientes e comum número sem fim de impostos descaracterizados. O sistema de educação que deixa muitos alunos sem professor durante meses e que ainda recentemente, com uma quebra sem precedentes nos testes PISA ( Programa Internacional de Avaliação de Alunos), deu provas de estar a falhar por completo no seu objectivo de educar as futuras gerações do nosso país. 
São estes os serviços públicos criados por políticas não liberais aos quais apresentamos alternativas. 
Talvez um dia possamos experienciar a mudança liberal. Sem um Estado paternalista e que asfixia os seus cidadãos com impostos, sem um Estado ineficiente e onde a troca de favores é normalizada, mas sim com um Estado forte mas pequeno, regulador, eficiente, onde exista a meritocracia e onde qualquer cidadão seja tratado de forma igual no acesso aos serviços públicos. Estará talvez na hora de pensar que a melhoria da nossa qualidade de vida e da dos nossos filhos e netos, não tem de se fazer pela via da emigração, e que pode, e deve, passar pela mudança de paradigma das políticas que nos governam praticamente há 30 anos, deixando para trás clientelismos, nepotismos e conformismos. 


castelobrancoliberal.pt 
 

COMENTÁRIOS