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Alcains: Presépios destacam artes e ofícios

Lídia Barata - 24/11/2022 - 8:00

Com o Natal a chegar, chega também a mostra de presépios que já tem lugar cativo no calendário anual do Museu do Canteiro, sempre com novidades.

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Inauguração é no domingo, dia 27 de novembro

Estela Marques, Maria Eugénia Gomes, Francisco Elias e José Prior são os protagonistas da edição deste ano da exposição de presépios que estará patente, no Museu do Canteiro, em Alcains, de 27 de novembro de 2022 a 8 de janeiro de 2023.

Uma mostra com lugar cativo naquele espaço cultural e que este ano destaca as artes e ofícios que tradicionalmente estão associados ao presépio.

“Bem enraizado na tradição portuguesa, o presépio está associado a um conjunto de manifestações artísticas diferentes com uma identidade própria, que encontra uma expressão firme em diferentes regiões. As personagens, os animais, o quotidiano rural, as artes e ofícios populares, destinam-se a traduzir, em termos plásticos muito apelativos, a realidade cristã do Natal”, recorda a sinopse do evento, acrescentando que “no presépio, todos são chamados a exaltar a presença de Deus-Menino e dos valores da família, da solidariedade que une todos os seres ao redor desse recém-nascido”.

No presépio, marcam presença “o pastor, a guardadora das galinhas ou perus, os vendedores ambulantes, o pescador, entre outros, evocando ofícios e personagens típicos que fizeram parte da história local do século XX e que continuam a habitar o nosso imaginário e memória”, apesar do seu carácter mais profano.

Este ano, os presépios expostos pela primeira vez (da artesã Estela Marques, de Maria Eugénia Gomes (MEG) e do colecionador “residente” Francisco Elias), serão destacados não apenas pelos materiais usados na sua composição ou valor iconográfico e artístico mas essencialmente pela sua vertente mais etnográfica na representação da vida popular e o ambiente que a caracterizava. A eles juntam-se os trabalhos em pedra de José Prior. Reside em Celorico da Beira e é natural da Beira Alta, região onde abunda o granito, material que já trabalha desde a sua juventude, o que lhe dá um grande conhecimento desta rocha e das ferramentas para a trabalhar. Isso, aliado à arte e gosto pelos trabalhos manuais, levaram-no a desenvolver cada vez mais as suas técnicas e métodos para assim poder aventurar-se na escultura e no artesanato. É autodidata, mas reconhecido pela carta de artesão, movido apenas pela paixão de pegar num pedaço de granito e transformá-lo numa obra de arte.

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