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Almaraz: Central autorizada a construir armazém de resíduos

José Furtado - 24/09/2016 - 22:32

A Quercus considera que a autorização “é um perigoso sinal" para que a central se mantenha aberta para além do prazo. Governo da Extremadura também está contra.

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A central já ultrapassou o tempo de vida definido aquando da sua criação. Foto arquivo

A Quercus considera que a autorização dada à central nuclear de Almaraz para construir uma armazém de resíduos nucleares junto à central “é um perigoso sinal de que existem fortes movimentações em Espanha para que a Central não encerre no prazo definido”.

A posição surge depois de a criação deste armazém ter sido noticia pela agência de noticias Europa Press, que cita o Conselho de Segurança Nuclear espanhol (CSN).

A associação ambientalista pede que o Governo Português “atue com celeridade e mais firmeza, no sentido de serem acautelados os interesses nacionais, e colocado em marcha um plano de desmantelamento da estrutura e descontaminação do local”.

A central aberta no início da década de 1980 deveria ter encerrado em 2010 mas tem autorização para funcionar até 2020.

“Para além dos problemas mais recentes noticiados com a Central Nuclear de Almaraz, de que são exemplo a existência de peças defeituosas nos seus geradores de vapor, as duas avarias nos motores das bombas de água e a falta de garantia que o sistema de arrefecimento da Central possa funcionar normalmente, é importante recordar que a Central de Almaraz tem tido outros incidentes com regularidade, existindo situações em que já foram medidos níveis de radioatividade superiores ao permitido”, alega a Quercus.

A central nuclear fica a cerca de 100 quilómetros de Castelo Branco e é refrigerada pelo rio Tejo.

Segundo o jornal El Periódico Extremadura o armazém deverá estar pronto em 2018.

O mesmo jornal noticia que o governo regional da Extremadura está contra a criação deste armazém e já expôs por escrito os seus argumentos.

Begoña García, a conselheira responsável pelo Ambiente, criticou a posição do governo de Madrid, que acusa de estar em funções “para uma coisas e para outras não”, referindo-se ao impasse na constituição do executivo de Mariano Rajoy que não passa do parlamento, levando às terceiras eleições em poucos meses.

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