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Castelo Branco: José Pires surpreendido com renúncias do PSD

José Furtado - 27/10/2022 - 17:30

Presidente da junta elogia o trabalho das duas eleitas do PSD que deixaram o executivo liderado pelo PS.

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Executivo tinha tomado posse há um ano. Foto arquivo Reconquista

O presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, José Pires, disse ao Reconquista que não esperava a renúncia do PSD dos lugares no executivo da freguesia e que “não houve razões de ordem política” na tomada de decisão de Alice Almeida e Adélia Guerreiro.

A decisão foi formalizada no dia 20 e divulgada pela concelhia do partido no início desta semana, justificando-a com “motivos de saúde de um dos eleitos, aliados a uma nova conjuntura política em Castelo Branco”.

José Pires disse ao Reconquista que durante o ano que durou esta solução “não houve um único problema de ordem política gerado no nosso trabalho no executivo” e da parte dos eleitos do PSD “houve sempre uma posição construtiva, crítica sempre que necessário e alternativa sempre que necessário. Só temos que louvar o trabalho fantástico da Adélia e da Alice no executivo”.

O presidente eleito pelo PS deixou no entanto uma farpa à concelhia do PSD, considerando que “foi indelicada e acabou por dizer que as razões pessoais eram razões de saúde”.

O PS vai agora recompor o executivo com a entrada de dois dos seus eleitos, incluindo um dos atuais ocupantes da mesa da assembleia, o que vai obrigar também à recomposição desta, o que acontece pela segunda vez depois da saída de Vitor Grosu, do Movimento Partido da Terra, que passou a integrar o plenário. A reunião deve acontecer em novembro.

Quanto aos três anos que restam de mandato, José Pires assegura que vai manter o diálogo com todos os partidos e movimentos e à semelhança do que aconteceu para este ano o plano de atividades e o orçamento para 2023 vai voltar a integrar propostas de todos os partidos “até do Chega, porque não temos complexos em aceitar as ideias quando elas são boas e servem a comunidade”.

O PSD foi a terceira força política mais votada nas eleições de setembro do ano passado, ficando atrás do PS e dos independentes do Sempre. Os socialistas venceram mas não obtiveram uma maioria absoluta. Logo no início do mandato o PSD assumiu que apesar de fazer parte do executivo não se iria imiscuir na governação socialista, anunciando que manteria “a sua posição de alternativa” ao PS. O acordo com os socialistas era justificado nessa altura (outubro de 2021) com a rejeição de “uma ideia de instabilidade e de ingovernabilidade através de jogos partidários que não só não se devem, mas não se podem sobrepor ao superior interesse dos albicastrenses”.

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