Solução para garantir a governabilidade da junta durou um ano. Foto arquivo Reconquista
O PSD anunciou que renunciou aos mandatos que tinha no executivo da Junta de Freguesia de Castelo Branco, liderado pelo socialista José Pires.
A decisão conhecida esta segunda-feira foi formalizada na quinta-feira, dia 20.
Numa nota enviado ao Reconquista a concelhia do partido escreve que após um ano de mandato “motivos de saúde de um dos eleitos, aliados a uma nova conjuntura política em Castelo Branco, originaram uma reflexão interna que nos permite redefinir a estratégia de oposição ao Partido Socialista, a qual não prevê a continuidade do PSD no órgão executivo da freguesia”, anunciando que passa a estar representado exclusivamente na Assembleia de Freguesia de Castelo Branco, onde tem três assentos.
“Continuaremos a manter uma postura responsável, zelando pela estabilidade e protagonizando uma oposição construtiva, que permita alcançar uma melhor qualidade de vida para os albicastrenses”.
Contactado pelo Reconquista, o presidente da concelhia social-democrata diz que esta decisão está assente “numa estratégia política” que acabou por ser tomada de forma mais célere devido a uma decisão pessoal. Pedro Lopes, que assumiu a concelhia recentemente, diz que o partido está a reorganizar-se e “o PSD tem de se posicionar como um verdadeiro partido de poder e tem de fazer o seu caminho como alternativa ao atual poder”. Concretizada essa mudança de estratégia na freguesia fica a pergunta se isso também irá acontecer no município, onde o PSD não faz parte do executivo mas tem o papel de fiel da balança. “Vamos dando um passo de cada vez”, responde Pedro Lopes.
Sobre o trabalho desenvolvido pelas duas eleitas do PSD no executivo da freguesia, o presidente da concelhia diz que Alice Almeida e Adélia Guerreiro conseguiram deixar a sua marca no plano de atividades e de agora em diante o PSD “vai continuar a contribuir para fazer uma oposição responsável”.
O PSD foi a terceira força política mais votada nas eleições de setembro do ano passado, ficando atrás do PS e dos independentes do Sempre.
Os socialistas venceram mas não obtiveram uma maioria absoluta, o que levou a um acordo com o PSD que se materializou com a entrada das sociais-democratas Alice Almeida e Adélia Guerreiro, que concorreram na coligação PSD, CDS e PPM.
Logo no início do mandato o PSD assumiu que apesar de fazer parte do executivo não se iria imiscuir na governação socialista, anunciando que manteria “a sua posição de alternativa” ao PS.
O acordo com os socialistas era justificado nessa altura (outubro de 2021) com a rejeição de “uma ideia de instabilidade e de ingovernabilidade através de jogos partidários que não só não se devem, mas não se podem sobrepor ao superior interesse dos albicastrenses”.
Notícia atualizada a 27 de outubro com as declarações de Pedro Lopes
Primeiro dão a mão de forma "algo imprudente " e agora saem?
Soubessem fazer o que deviam e neste momento a Junta de Freguesia e a Assembleia de Freguesia não teriam maioria.
Exatamente igual na Câmara e Assembleia Municipal.
PSD, já deviam saber ser adultos, aprendam com a vossa imprudência!. Bem Haja!