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Leitores: Idanha. O Populismo do Movimento na Saúde

Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Idanha-a-Nova - 30/06/2022 - 9:56

Na sua última edição, o Reconquista trazia uma “carta aberta” do Movimento Para Todos direcionada ao Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e aos Presidentes das Juntas e Uniões de Freguesia deste concelho.

Na sua última edição, o Reconquista trazia uma “carta aberta” do Movimento Para Todos direcionada ao Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e aos Presidentes das Juntas e Uniões de Freguesia deste concelho. Um chorrilho de disparates populistas que não temos outra alternativa senão desmontar. A bem dos Idanhenses.
O Movimento apresenta na tal “carta aberta” uma proposta de assistência médica no concelho de Idanha-a-Nova, repleta de argumentos falaciosos e até perigosos. Perigosos, sim, por revelarem total ignorância e desconhecimento das atribuições e competências das autarquias em matéria de Saúde.
Os constrangimentos que afetam a área da Saúde são, infelizmente, conhecidos por todos os portugueses. Em todo o país. Por isso, o Executivo do Partido Socialista procurou e encontrou uma solução que está comprovadamente a ter resultados. O propósito do Cartão de Saúde não é “escamotear” realidade alguma, é promover o acesso à Saúde. De uma forma pragmática, objetiva e que resolve os problemas das pessoas. Ficarmos parados à espera que as coisas se resolvam por si seria o pior que podíamos fazer aos Idanhenses.
Mas vamos por partes: a proposta do Movimento é, pura e simplesmente, inviável. Ao contrário do que é sugerido, as autarquias não têm competências na área da Saúde para contratar diretamente médicos ou enfermeiros para serviços na comunidade.
Essa competência cabe à Administração Central através do Serviço Nacional de Saúde e a entidades de natureza privada devidamente habilitadas para o efeito. Por essa razão, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova abriu um concurso internacional para aquisição de Seguro de Saúde, ao qual concorreram entidades devidamente habilitadas. O objetivo e o alcance desta medida são muito superiores à proposta que o Movimento apresenta para a Saúde, a qual representaria apenas 1% do Orçamento Municipal. Mais ainda: a nossa medida é legal (ao contrário da proposta do Movimento) e traz muitos mais benefícios para a população.
Sugere também o Movimento a atração de médicos através de um salário de 3.500,00€ e da cedência de habitação. Ora, a Câmara de Idanha-a-Nova e a ULS Castelo Branco já fizeram esse caminho e continuam a fazê-lo. Tal é do conhecimento público, pois foi noticiado em vários órgãos de comunicação social. Propôs-se um salário ainda superior ao que o Movimento refere, mas o facto é que não é fácil cativar médicos para o Interior.
Perante as adversidades temos duas hipóteses: baixamos os braços ou tentamos resolver os problemas. Em Idanha encontrou-se uma solução. E o modelo está a ter tanto sucesso que outros o querem replicar.
É fácil lançar ideias populistas quando não se tem responsabilidades. É o que o Movimento sabe fazer. Mais difícil é criar estratégias eficazes, colocá-las em prática e apresentar resultados. É o que a Câmara de Idanha-a-Nova tem feito.
O objetivo é continuar a fazê-lo, cada vez melhor e com maior eficácia. Por isso, foi lançado um novo concurso para o Cartão de Saúde que é ainda mais benéfico para os munícipes do concelho de Idanha-a-Nova. Não só mantém a Saúde de proximidade através de uma viatura que se desloca a todas as freguesias; não só preserva os atendimentos médicos e de enfermagem ao domicílio a preços reduzidos ou gratuito; não só mantém o atendimento gratuito na Casa de Saúde de Idanha-a-Nova; não apenas assegura o serviço gratuito telefónico de aconselhamento médico; não só mantém o acesso a uma rede médica nacional – tudo benefícios que já cabiam no Cartão de Saúde, como agora vai facultar o acesso a consultas de especialidade: neurologia, oftalmologia (operações às cataratas), cardiologia, dermatologia, exames complementares de diagnóstico, cirurgia cardiotorácica, entre outras. No caso de algumas destas especialidades, a Câmara já hoje as assegura, mas ficarão ainda mais acessíveis e com transporte gratuito para os utentes.
Especialidades essas que, curiosamente, o Movimento nunca menciona. É contra? Que o diga, então, às 100 pessoas que já foram operadas às cataratas, que informe as centenas de pessoas que já tiveram consultas de neurologia, cardiologia, etc.
No espaço de um ano, contabilizaram-se 8206 atendimentos médicos e enfermagem, sempre em articulação e complementaridade com o SNS. Mais de 500 consultas nas diferentes especialidades que permitiram ultrapassar o problema das listas de espera.
Vamos ser sérios! Que outras autarquias investem tanto em Saúde, indo muito além das suas responsabilidades no sentido de aumentar a qualidade de vida dos seus munícipes?
Podemos ainda referir o investimento da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova nas infraestruturas e equipamentos de Saúde do concelho. As obras de requalificação da Extensão de Saúde do Ladoeiro já estão concluídas. Segue-se o Centro de Saúde de Idanha-a-Nova, que passará a contar com sala de medicina dentária. Posteriormente, serão requalificadas as outras Extensões de Saúde.
Nem de propósito, os resultados deste investimento na Saúde chegaram este mês. E não podiam ser melhores porque traduzem com números o que está concretizado no terreno, que é o mais importante.
A edição de 2022 do Estudo que avalia os municípios portugueses (Portugal City Brand Ranking) não deixa margens para dúvidas. Idanha cresce em todos os indicadores analisados: na captação de investimento, na visitação turística e na qualidade de vida.
Mas como é de Saúde que falamos, analisemos os números da qualidade de vida: num só ano o concelho de Idanha-a-Nova subiu 42 lugares no ranking nacional. Uma subida sem precedentes que está necessariamente ligada ao investimento inédito realizado na Saúde, que garantiu a oferta de cuidados de proximidade em complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde.
Nas nossas vilas e aldeias, o que verificamos é que os cidadãos se deslocam à Unidade Móvel de Saúde para agradecer aos médicos, aos enfermeiros, assim como aos assistentes, pelos serviços que lhes foram prestados. Temos consciência das vidas que já se salvaram com o Cartão de Saúde, das pessoas que já ajudámos e que acompanhamos diariamente nas nossas visitas a todas as freguesias. Este é o nosso propósito!
A estatística reflete essa realidade. Estamos, pela primeira vez, no Top 100 entre os 308 municípios portugueses. Acabámos de ser distinguidos como Município “Estrela” por sermos um dos que apresenta melhores resultados anuais.
Importa que Idanha continue a ser um município diferenciador, atrativo, competitivo. Só assim é possível continuar a crescer. Hoje já chegam mais pessoas ao concelho do que saem. É um indicador positivo.
Ainda há muito para fazer, mas o caminho faz-se com sentido de responsabilidade, com criatividade e com soluções concretas, arrojadas e inovadoras: e isso é o que Idanha tem feito na área da Saúde e em todas as outras.