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Monsanto: Lacerda fala em “oportunismo” e defende-se

José Furtado - 23/08/2022 - 22:54

Diretor da Agência de Promoção Turística do Alentejo rejeita acusações de Idanha de querer desviar turistas.

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Monsanto. Arquivo Reconquista

O diretor executivo da Agência de Promoção Turística do Alentejo acusa o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova de “oportunismo” pelas críticas que foram feitas por esta autarquia ao teor de declarações suas ao jornal britânico “The Guardian”.

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova acusou António Lacerda de aproveitar a tragédia dos fogos na região “para denegrir a imagem deste território e desviar fluxos turísticos para o Alentejo”.

Na origem da polémica está uma notícia do jornal britânico “The Guardian” sobre os lugares escolhidos pela produção da série “House of the Dragon”, que foi rodada parcialmente em Monsanto e estreou no início da semana.

Citado por este jornal, António Lacerda afirma que uma grande parte da região serrana foi queimada e que nessa sequência “alguns lugares não poderão receber visitantes até ao próximo ano”, sugerindo que em alternativa existem outras aldeias com as características de Monsanto que poderiam ser visitadas, como Marvão ou Monsaraz, situadas no Alentejo.

Numa primeira versão da notícia, o jornal escreveu que Monsanto também tinha sido atingida pelo fogo, informação que seria corrigida no próprio sábado, assumindo que se tratava de uma “declaração incorreta”.

António Lacerda escreveu a Armindo Jacinto dizendo a este que recolheu da notícia “o que o jornalista não escreveu e muito menos eu, diretamente acusado, não disse”.

No texto a que o Reconquista teve acesso o diretor executivo da Agência de Promoção Turística do Alentejo escreve que foi o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova que por “estranhas motivações” achou “que o facto de parte da envolvente ao Concelho de Idanha-a-Nova ter sido palco da mais recente tragédia dos incêndios compromete essas oportunidades que o futuro trará”, falando numa “avaliação infundada”.

“A mim acusa-me de usar deliberadamente o incêndio, que devorou um dos nossos tesouros naturais e culturais mais valiosos, a todos nos deixando mais pobres, para “roubar” turistas e leva-los para o Alentejo. Não fica bem a um Presidente de Câmara fazer este tipo de afirmações descabidas. Sabe muito bem que as coisas não funcionam assim, ou então os anos em que passou por organismos do turismo nada lhe ensinaram”, retorquiu.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Assumir/Verticalidade?