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Penamacor: Divergências sobre os bombeiros provocam demissões no PS

Reconquista - 12/07/2019 - 15:40

Porfírio Saraiva, que é também presidente dos bombeiros, deixa liderança do PS penamacorense. Sandra Vicente fala em "afronta política" e JS pede serenidade.

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Situação nos bombeiros agita PS em Penamacor. Foto arquivo Reconquista

Porfírio Saraiva e Sandra Vicente, o presidente e a secretária da concelhia do Partido Socialista de Penamacor, apresentaram a demissão dos cargos na sequência da polémica em torno da situação nos Bombeiros Voluntários de Penamacor.

O presidente demissionário da concelhia é também presidente da associação humanitária cuja atuação está a ser fortemente criticada por vários eleitos do Partido Socialista, com destaque para Guida Leal, a líder do grupo municipal do PS na Assembleia Municipal de Penamacor.

O órgão reuniu extraordinariamente no início do mês a pedido de vários eleitos do PS para discutir a situação dos bombeiros mas nesta reunião ficou clara a divisão de opiniões entre alguns deputados municipais e o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, António Luís Beites, também eleito pelo PS.

Sandra Vicente, que é também vereadora da Câmara Municipal de Penamacor, disse à Rádio Cova da Beira que a atitude dos eleitos do seu partido na assembleia foi “uma afronta política” e pede a demissão de Guida Leal da liderança do grupo municipal.

A Juventude Socialista de Penamacor veio apelar na sexta-feira à “serenidade” e Renato Robalo da Silva assume que é preciso “separar águas, de entre o que é a gestão Autárquica de um órgão deliberativo (Assembleia Municipal), as suas competências e força da legitimidade em debater os problemas que digam respeito à vida municipal de Instituições privadas, embora pese a responsabilidade de zelo e transparência para com a sociedade que depende destas no seu quotidiano, em prestação de serviços e socorro indispensáveis às populações, no caso em concreto”, escreve em comunicado.

Renato Robalo da Silva, que também é deputado municipal pelo PS, garante que não assinou o requerimento a solicitar a convocação da sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Penamacor, primeiro por que não o terá recebido e mesmo que assim fosse “jamais o iria subscrever naquelas circunstâncias, pela falta de mais informação consistente, respeitando no entanto a posição de quem o subscreveu.”

Quanto às demissões agora conhecidas “respeito a decisão, porque foi pessoal, no seguimento da posição assumida pelos eleitos da maioria Socialista na Assembleia Municipal, mas os órgãos existem para que neles se debatam estas matérias, e efetivamente isso não aconteceu, e não podendo deixar de manifestar no entanto a minha preocupação enquanto militante, dirigente local, distrital e nacional da JS e do PS, relativamente às posições, a meu ver, precipitadas, que foram tomadas.”

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