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Santa Águeda: Quercus alerta para ameaças à qualidade da água

Reconquista - 19/10/2016 - 21:54

A Quercus voltou a alertar a Agência Portuguesa do Ambiente para a situação dos terrenos junto à barragem do concelho de Castelo Branco.

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A associação insiste na existência de ilegalidades junto à barragem. Foto Quercus

A Quercus voltou a alertar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para a situação dos terrenos junto à barragem de Santa Águeda, no concelho de Castelo Branco.

Segundo a associação ambientalista as primeiras chuvas estão a provocar a poluição da água e a erosão do solo, situação que já tinha previsto há algumas semanas quando voltou a trazer o assunto à praça pública.

No centro desta questão está a movimentação de terrenos numa propriedade privada junto à barragem, caso que esteve na origem de uma primeira queixa em novembro de 2014 por entender que existe violação do plano de ordenamento da barragem.

Desde então foram apresentadas várias queixas à GNR e à APA, provando-se em algumas delas a ilegalidade das intervenções.

O proprietário do terreno demoliu os muros que tinha erguido e arrancou espécies exóticas, como palmeiras.

A APA confirmou em setembro ao Reconquista que autorizou a plantação de cerejal e olival junto à barragem mas com a obrigação de manter os carvalhais, algo que segundo a Quercus não está a acontecer.

Os ambientalistas dizem ter constatado na passada semana “o aparecimento de diversos fenómenos de contaminação em consequência das recentes movimentações de terra e destruição de carvalhais”.

Estas primeiras chuvas “estão a provocar fenómenos de erosão e lixiviação, arrastando diversos tipos de matérias para a albufeira”, lembrando que é a partir desta barragem que é feito o abastecimento de água ao concelho de Castelo Branco e também a municípios vizinhos.

A associação conta que reuniu recentemente com a APA e que “identificou várias outras ilegalidades ao longo de toda de proteção da albufeira como construções, ocupação de terrenos públicos, destruição de carvalhais, corte de caminhos públicos”, entre outros exemplos.

Das autoridades aguarda que “atuem para repor a legalidade e a defesa deste bem comum”.

 

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