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Castelo Branco: Revisão do Orçamento Municipal aprovada para 88 milhões

João Carrega - 07/03/2022 - 11:52

Orçamento da Câmara Municipal para este ano vai ser de 88 milhões de euros. Revisão foi aprovada em Assembleia Municipal com os votos contra do Sempre e do Chega.

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O orçamento da autarquia para este ano será de 88 milhões de euros.

O Orçamento da Câmara de Municipal para este ano vai ser de 88 milhões de euros. A revisão orçamental foi aprovada em Assembleia Municipal, realizada esta segunda-feira (dia 7 de março), com os votos contra do Sempre e do Chega, a abstenção do MPT e os votos favoráveis do PS e do PSD/CDS/PPM.

A revisão orçamental constitui um aumento de 22 de milhões de euros face ao orçamento inicialmente aprovado no final de 2021, que tinha o valor de 66 milhões de euros.

Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara, voltou a reafirmar a necessidade desta revisão com vários fatores, a saber: o valor dos compromissos transitados do ano anterior e não liquidados serem de cerca de 25 milhões de euros, o que condicionava o cumprimento do programa apresentado aos albicastrenses durante a campanha eleitoral (como a devolução de uma percentagem do IRS aos municípes; pagamento das refeições aos alunos do pré-escolar e do 1 e 2º anos do ensino básico; ou ainda a comparticipação mensal de 150 euros por criança que não esteja isenta do pagamento de creches); o aumento dos custos associados à energia; e com o reforços de verbas para os transportes públicos (vai ser implementado um novo contrato com uma nova operadora que venceu o concurso público), para o apoio social, coletividades e requalificação de estradas.

Armando Ramalho, do Sempre, considerou que este "é o pior orçamento do Município", criticando o facto "de estarem a ser utilizados os saldos da autarquia".Uma posição que antes fora reforçada por Pedro Crisóstomo, também da mesma bancada, lembrando que "nos preocupa o facto da poupança (feita pela autarquia nos últimos 24 anos) possa ser gasta num ano". Os dois deputados foram ao encontro daquilo que o vereador e o líder do Sempre, Luís Correia, havia referido em conferência de imprensa, realizada na passada sexta-feira.

João Carvalhinho e José Pires (PS) destacaram a importância do documento. "O orçamento é um instrumento, não é uma estratégia. E este é fortemente condicionado pelos compromissos assumidos e não pagos, que correspondem a 39% do total do orçamento. O atual executivo tem total legitimidade em aplicar aquilo que apresentou no seu programa". Sobre a utilização dos saldos de gerência, João Carvalhinho recordou que "entre 2013 e 2021 foram incorporados 48 milhões de euros. Os que agora se opõem são os que no passado o fizeram!".

Para João Ribeiro, do Chega, "este é um novo orçamento. Aquilo que nos disseram em dezembro foi que o orçamento era bom e agora estão a revê-lo". Referindo-se ao argumento de haver cerca de 25 milhões em compromissos do passado assumidos e não pagos, questionou se "não foi o executivo do PS que apresentou o orçamento de 2021", elogiando a boa gestão financeira do PS nos últimos 24 anos", mas deixando um alerta com tom de ironia: "este orçamento cresceu muito. Este ano vendemos os anéis, para o ano os dedos".

No entender de Ernesto Candeias Martins (MPT) falta audácia ao documento, em áreas como o planeamento, água e ambiente, energias renováveis ou ação social.

Já Carlos Antunes, do PSD, optou por fazer uma declaração de voto, referindo que "para nós o importante são os albicastrenses, pelo que não entramos em politiquices de discussões privadas".

A revisão orçamental teve 18 votos favoráveis do PS e 4 do PSD/CDS/PPM, a abestenção do deputado do MPT, e 15 votos contra do Sempre e dois do Chega.

 

Notícia desenvolvida na edição impressa da próxima quinta-feira

 

COMENTÁRIOS

Luisa Campos
à muito tempo atrás
CHEGA muito bem. Parabéns pela simplicidade da clareza.
SEMPRE e MPT, coerentes.
PS evidencia rasgos de ditadura. Não tendo maioria têm que ser conciliadores. Regem a atuação contra o Sempre, esquecendo que os munícipes que votaram Sempre são Gente.
PSD acorrentado e anulado.
Maria
à muito tempo atrás
O PSD eclipsou-se. O Chega é mais coerente e menos ditador. Numa assembleia não há boicotes, há liberdade de voto.