Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Castelo Branco: UGT “faz sempre parte da solução”

Lídia Barata - 11/04/2022 - 12:12

A UGT tem como missão defender os interesses dos trabalhadores, mas sem virar costas aos empresários, que considera parceiros e não adversários.

Partilhar:

A sede foi inaugurada pelo ainda secrtário geral Carlos Silva

A União Geral de Trabalhadores (UGT) inaugurou sexta-feira, dia 1 de abril, a sede da sua delegação em Castelo Branco, um “sonho realizado”, tal como sublinhou Daniel Matos, presidente da direção, que agradeceu a todos quantos tornaram este caminho possível, ganhando agora melhores condições para servir os trabalhadores e as empresas. Esta central sindical “faz sempre parte da solução e não do problema. E mesmo sem muita visibilidade, está sempre presente em sede de concertação social”.

A formação pode ser agora uma aposta mais efetiva e Daniel Matos espera que “venha mais gente, com iniciativa e ideias para apoiar os trabalhadores, mas sem esquecer os empresários, que são parceiros e não adversários”.

A nova sede, junto à capela de Nossa Senhora da Piedade, representa um investimento de 65 mil euros, comparticipados em 55 mil pela Câmara Municipal de Castelo Branco, apoio que o presidente da direção agradeceu e que foi corroborado pelo presidente da mesa da assembleia da UGT. Gabriel Constantino considerou que com instalações próprias será possível reforçar “o trabalho sindical em nome dos trabalhadores do distrito e para os trabalhadores do distrito”.

A pouco mais de 20 dias de terminar o mandato, o secretário geral da UGT marcou presença na reunião, tal como o seu potencial sucessor, Mário Mourão. Carlos Silva agradeceu também o apoio da autarquia, deixando a garantia de que “pode contar com esta central, com esta delegação, com estes trabalhadores, da sua terra que fazem o melhor que é possível para servir a sua gente”. Nesta vinda a Castelo Branco o ainda líder da UGT visitou a Aptiv, que conta com cerca de 1300 trabalhadores, mas onde a mão de obra escasseia. “Foi-nos dito que a Câmara também ajudou a empresa a crescer, mas a autarquia não pode ir buscar camiões de trabalhadores para colmatar esta lacuna”, afirma Carlos Silva, apontando como uma das soluções possíveis a formação. “O esforço da UGT centra-se no trabalho, mas também na formação”, algo que “é fundamental para desempregados e empregados”. Mas, alerta, “não há trabalho qualificado à borla. E sem bons salários os jovens não deixarão de emigrar”.

autarca deu conta do trabalho do município também em prol da melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Pegando no exemplo a Aptiv, recorda que a autarquia vai investir 1,5 milhões de euros na requalificação do antigo pavilhão Hormigo, que vai ceder à empresa para que possa oferecer condições de trabalho ainda melhores. Leopoldo Rodrigues aponta ainda como prioritária a cobertura total do concelho de rede de telecomunicações e internet, “fator que ajuda à fixação de pessoas”. Implementada está já a baixa do valor dos passes nos transportes públicos (urbanos e para as freguesias) e “já este ano, a devolução de 2,5 por cento do IRS aos munícipes”, uma medida que tem consciência não abrangerá a todos por igual, pelo que “está a ser regulamentado o fornecimento de refeições gratuitas para as crianças do pré-escolar e, a partir do próximo ano letivo, para todas as crianças do primeiro ciclo”. Concorda com a exigência de melhores salários, afirmando que “o presidente de câmara não tem poder para alterar esta questão, mas todos, em conjunto, será mais fácil dignificar o trabalho e os trabalhadores”.

COMENTÁRIOS